Usina deve pagar indenização por irregularidades no recolhimento do FGTS
Procurador destacou que o não recolhimento do FGTS fere direitos sociais previstos na Constituição
O Ministério Público do Trabalho em Alagoas venceu por unanimidade, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), a ação ajuizada contra a usina Seresta, localizada em Teotônio Vilela, por irregularidades no depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos seus empregados. A sentença teve embasamento na Ação Civil Pública ajuizada pelo Procurador do Trabalho Victor Hugo Carvalho e determina, dentre as obrigações previstas, que a Seresta pague R$ 500 mil de indenização por dano moral coletivo.
De acordo com a decisão judicial, transitada em julgado, a usina Seresta deverá depositar as parcelas do FGTS dos trabalhadores da empresa até o dia sete de cada mês, em conta bancária vinculada, cujo valor deve ser referente a 8% da remuneração mensal paga no mês anterior de trabalho. A empresa ainda está obrigada a recolher as contribuições previstas na Lei Federal nº 110/2001, dentro do prazo legal.
Em caso de atraso no recolhimento do fundo de garantia, a Seresta pagará R$ 10 mil de multa por trabalhador prejudicado e também pode ser penalizada em mais R$ 10 mil, por empregado encontrado em situação irregular, se não recolher as contribuições previstas na Lei Federal 110/2001. Já o pagamento dos R$ 500 mil de indenização poderá ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a projetos de interesse da sociedade.
Atuação do MPT
O Ministério Público do Trabalho iniciou as investigações para verificar irregularidades no depósito do FGTS dos empregados após denúncia do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Teotônio Vilela, onde está localizada a usina. À época, o MPT constatou que a Seresta já havia sido notificada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/AL) a pagar cerca de R$ 1,6 milhão de débitos de FGTS e aproximadamente R$ 690 mil de dívidas referentes a contribuições sociais dos trabalhadores.
Em seu pedido à justiça, o Procurador Victor Hugo Carvalho destacou os benefícios do FGTS aos trabalhadores e ressaltou que o não recolhimento da contribuição fere um direito social expressamente assegurado no ordenamento jurídico. “A usina está perpetrando lesão a direitos de toda a sociedade, na medida em que os recursos do FGTS estão sendo direcionados ao financiamento de projetos de interesse social, como habitação e obras de saneamento. Sem o fundo de garantia, o trabalhador também não consegue recursos para adquirir um imóvel próprio e não obtém a segurança que o FGTS oferece em caso de rescisão contratual”, disse.
Últimas notícias
Alagoas adere ao PROPAG para renegociar dívidas e reestruturar finanças estaduais
Governo de Alagoas cria comissão organizadora para concurso público da Uneal
Governo Lula espera reverter derrota no PL Antifacção com apoio de senadores da base
Programa Desenvolve Arapiraca acontece bairro Planalto nesta sexta (28)
Bolsonaristas comemoram derrota do governo e aprovação do PL Antifacção na Câmara
Liquidação do Banco Master não deve afetar pagamento de aposentados, diz Prefeitura de Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
