Seguro de vida com resgate cresce no mercado
Valor pago por segurados por esse tipo de produto cresceu 37,6% no ano até maio em relação ao mesmo período de 2015
Com a possibilidade de recuperar parte do dinheiro gasto, o seguro de vida resgatável tem crescido a um ritmo mais acelerado que o tradicional no mercado brasileiro.
O valor pago por segurados por esse tipo de produto cresceu 37,6% no ano até maio em relação ao mesmo período de 2015, bem acima dos 4,2% de alta no intervalo dos produtos que oferecem somente a cobertura em caso de morte ou invalidez permanente.
O seguro resgatável tem apelo entre aqueles que querem proteger a família em caso de morte, mas receber algum dinheiro no futuro se nada ocorrer.
"É uma maneira de aumentar o alcance do seguro. A partir do momento em que você coloca um componente que traz usufruto em vida, você tira a objeção do cliente que não vê vantagem no produto", diz Leonardo Lourenço, superintendente da Mongeral Aegon.
Existem duas modalidades de seguro resgatável: uma com prazo de validade -ao final do período o cliente recebe o dinheiro, mas perde a proteção. A outra é vitalícia, na qual o cliente cancela a apólice para resgatar parte do dinheiro.
O planejador financeiro Jean-Michel Lartigue diz que abrir mão da cobertura à medida que envelhece não é um problema porque, ao longo dos anos, a expectativa é que a família forme patrimônio e diminua a dependência da proteção oferecida pelo seguro em caso de morte.
"A necessidade de capital segurado diminui ou não existe mais. Ter seguro por um prazo e não ter mais não é absurdo", diz Lartigue.
Mas a possibilidade de ter o dinheiro de volta tem um preço. No começo do contrato, o seguro resgatável é mais caro que o tradicional porque parte do valor pago vai para uma reserva. A diferença diminui com o tempo -as mensalidades do seguro resgatável costumam ser só atualizadas pela inflação, enquanto o produto comum é reajustado também pela idade.
No Brasil, ainda são poucas as seguradoras que oferecem o seguro resgatável. A Folha conversou com três delas -Mongeral Aegon, Prudential e Mapfre- e com a Icatu Seguros, que prevê lançar o produto no primeiro trimestre de 2017.
Em geral, o capital mínimo contratado é maior que o dos seguros tradicionais -na Mongeral, é possível adquirir um seguro de R$ 100 mil, mas nas demais seguradoras a faixa parte de R$ 500 mil.
Na Prudential, um percentual do capital segurado pode ser resgatado em caso de doença grave, como câncer. As fatias variam de 40% se o cliente tiver até 65 anos e chegam a 60% se a idade superar 76 anos. Já na Mapfre, é possível antecipar 50% do valor contratado em caso de doenças terminais.
NÃO É INVESTIMENTO
Apesar de funcionar como uma espécie de reserva financeira, o produto não é um investimento. A rentabilidade do seguro é de apenas 3% ao ano mais a inflação acumulada no período. Com a taxa de juros em 14,25% ao ano no país, investimentos conservadores em renda fixa têm rendido mais de 10% anuais.
"Não é uma previdência. Se alguém entrar pensando que vai constituir uma previdência privada, não é. Se é para constituir patrimônio para aposentadoria, existem instrumentos mais eficientes", afirma Lartigue.
Se o foco for a aposentadoria, existem planos de previdência privada ou investimentos em fundos ou em títulos do Tesouro Direto.
Últimas notícias
Homem imobiliza e desarma um dos atiradores em ataque em praia da Austrália
Autor de homicídio contra o próprio avô é preso por assassinar outro homem em Girau do Ponciano
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Comerciante de Craíbas está desaparecido há quatro dias
Justiça confirma competência do Estado sobre totens de segurança
Roberto Carlos sofre acidente durante gravação de especial da Globo
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
