Estudantes ocupam campus da Ufal Maceió em protesto contra a PEC 241
Projeto prevê limitar o crescimento das despesas do Governo pelos próximos 20 anos

O campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Maceió foi ocupado, nesta terça-feira (25), por alunos que contrários à PEC 241, projeto que pretende limitar o crescimento das despesas do Governo Federal e que pode gerar corte nos investimentos na educação pelos próximos anos.
Os estudantes ocuparam a o gabinete da reitora Valéria Correia. Ao todo, 14 instituições de ensino foram ocupadas por estudantes em Alagoas. Preocupada com a proposta do Governo, que prevê o congelamento de recursos para a saúde e a educação pública, a reitora da Ufal, Valéria Correia, divulgou uma nota, na tarde de hoje, informando sobre a posição contrária da gestão à aprovação da medida.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO À PEC 241/16
A Reitoria da Universidade Federal de Alagoas se coloca contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016, tendo em vista que a mesma incorrerá em desmonte da educação, saúde e todos os serviços públicos prestados pelo Estado Brasileiro.
A PEC estabelece um limite do gasto primário (todas as despesas excluindo-se os pagamentos de juros) para as esferas da União (Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas da União) para os próximos 20 anos. O orçamento de cada ano será corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE).
Na prática, essa PEC representa uma reconfiguração do pacto social e a configuração de Estado instituídos pela Constituição de 1988, ao desvincular, por exemplo, a obrigatoriedade constitucional de se aplicar determinados percentuais do orçamento em saúde e educação.
Para as Universidades Federais, a PEC significa seu total sucateamento. No caso da Ufal, a Proginst constatou que se o mecanismo da PEC tivesse sido aplicado nos últimos 10 anos, de 2006 a 2016, o orçamento para esse ano seria de R$30.237.262,10. O orçamento real de 2016 é de R$155.455.700,00, portanto, uma diferença de mais de 125 milhões de reais. Se o mecanismo da PEC fosse aplicado em 2006, a expansão da Ufal e sua interiorização estariam completamente inviabilizadas.
Ocupações
A atual gestão da Ufal reforça seu compromisso histórico de respeito à autonomia dos movimentos sociais organizados, reitera seu compromisso com a não criminalização do Movimento Estudantil e procurará dialogar institucionalmente com esses movimentos em defesa da universidade pública, gratuita e socialmente referenciada.
Maria Valéria Costa Correia
Reitora.
Mais informações em instantes.
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