Alagoas

Governo e municípios de Alagoas devem perder R$ 88 milhões da repatriação

Por 7 Segundos com AMA 09/11/2016 09h09
Governo e municípios de Alagoas devem perder R$ 88 milhões da repatriação
- Foto: Reprodução/ Internet

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, revelou que a arrecadação com o processo de regularização de bens mantidos por brasileiros no exterior, a chamada repatriação, somou R$ 46,8 bilhões e não R$ 50,9 bilhões – valor declarado pelos contribuintes.

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, que confirmou nessa terça-feira (9) os valores a serem repassados aos estados e municípios, o governo de Alagoas receberá R$ 75 milhões a menos dos R$ 250 milhões previstos. No total dos municípios, a redução chega a R$ 88 milhões. 

A redução ocorreu em todo o país. De acordo com Rachid, o cálculo foi feito com base nas declarações enviadas ao governo e identificou que os contribuintes deixaram de declarar R$ 4,1 bilhões e acabaram não pagando o valor devido em Imposto de Renda e multa, o que gerou a diferença. A arrecadação, portanto, ficou abaixo dos R$ 50 bilhões estimados pelo Ministério da Fazenda.

Com a atualização do montante, os R$ 46,8 bilhões efetivamente arrecadados voltam a ser divididos igualmente em duas partes. Ao todo, são R$ 23,4 bilhões de IR e R$ 23,4 bilhões de multa.

A Confederação Nacional dos Municípios explica que, dos R$ 23,4 bilhões de Imposto de Renda, os Municípios têm direito a 22,5%, referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esse percentual equivale a R$ 5,19 bilhões, a ser creditado neste mês de novembro, descontado o valor já recebido no último decêndio de outubro.

Também deve ser creditado na conta das prefeituras brasileiras no primeiro decêndio de dezembro o 1% do FPM, no valor de R$ 234,1 milhões, e em julho de 2017 outros R$ 234,1 milhões. Assim, os recursos totais que serão repassados aos Municípios com a repatriação devem ser de R$ 5,73 bilhões.

A entidade refez os cálculos, a partir dos novos valores publicados pela Receita, e disponibiliza as informações por Estado e coeficiente. A CNM enfatiza que nos valores já estão descontados o que foi recebido em outubro.