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Temer mantém Geddel no ministério após acusações de pressão por obra na BA

Por Redação com Uol Notícias 21/11/2016 16h04
Temer mantém Geddel no ministério após acusações de pressão por obra na BA

O presidente Michel Temer confirmou na tarde desta segunda-feira (21) que o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) permanece no cargo após a acusação feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que Geddel o teria pressionado para intervir pela liberação da obra de um prédio em Salvador onde Geddel negociou a aquisição de um apartamento.

A obra foi embargada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão subordinado ao Minitério da Cultura. Calero pediu demissão do cargo na semana passada alegando a pressão de Geddel como um dos motivos para deixar o posto.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Temer afirma ainda que as decisões sobre a obra na Bahia seguirão "critérios técnicos" e será respeitada a autonomia do Iphan.

Também nesta segunda-feira, cinco dos sete conselheiros da Comissão de Ética da Presidência da República votaram a favor de abrir uma investigação contra Geddel, mas o julgamento foi suspenso após um pedido de vista do conselheiro José Saraiva.

Saraiva foi nomeado para a comissão em setembro e é o único integrante do colegiado indicado por Temer. Os outros conselheiros foram escolhidos anteriormente pelo governo Dilma Rousseff.

Geddel se reuniu com Temer nesta segunda-feira, pouco depois de se tornar público o resultado da reunião da Comissão de Ética. O ministro afirmou que o encontro foi "tranquilo" e disse ter pedido agilidade à Comissão de Ética na análise do caso.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Palácio do Planalto:

"Em primeiro lugar, o ministro Geddel Vieira Lima continua à frente da Secretaria-Geral da Presidência [sic].

O presidente Michel Temer ressalta, adicionalmente, que todas as decisões sob responsabilidade do Ministério da Cultura são e serão encaminhadas e tratadas estritamente por critérios técnicos, respeitados todos os marcos legais e preservada a autonomia decisória dos órgãos que o integram, tal como ocorreu no episódio de Salvador."