Presidente do TCE Alagoas determina revisão de todos os contratos do órgão
Mais de 90% do duodécimo estão comprometidos com despesas de pessoal. Metade desse valor vai para o pagamento de inativos
A situação do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas é mais crítica do que se imaginava. Com um orçamento mensal de R$ 7.483 milhões, mais de 90% do duodécimo do órgão estão comprometidos com a folha de pagamento, segundo levantamento feito pela nova diretoria financeira. Grande parte desse volume - quase R$ 3 milhões – são utilizados no pagamento de inativos.
Esse foi o quadro apresentado na manhã desta terça-feira (24), na primeira reunião da nova gestão, sob a presidência da conselheira Rosa Albuquerque, com a presença de todos os demais conselheiros, inclusive s substitutos, membros do Ministério Público de Contas, auditores e diretores da instituição. “A situação é assustadora. Não tínhamos conhecimento de tal gravidade. Como medida de cautela e buscando maior economicidade, optamos por suspender e revisar os contratos e realizar um estudo sobre o impacto da folha dos ativos e inativos no orçamento do TCE”, disse a nova presidente do Tribunal de Contas.
De acordo com a diretoria financeira, no encontro de contas entre a folha e o duodécimo, mesmo com a devolução das diferenças de salários que ultrapassam o limite constitucional, sobra para custeio mensal apenas R$ 239 mil. Além de restos a pagar da ordem de R$ 4 milhões”.
Pior ainda, o TCE está sem reserva estratégica. O ex-presidente, conselheiro Otávio Lessa, disse que a situação financeira do Tribunal já vinha deficitária, ano após ano, por conta do histórico de não reajuste do duodécimo, ou de reajustes abaixo da inflação, durante anos seguidos. E admitiu que até mesmo uma poupança-reserva, feita na época do presidente Luiz Eustáquio Toledo, no valor acumulado de aproximadamente R$ 7 milhões, e parte dos recursos oriundos do contrato da folha de pagamento com o Bradesco (no valor total de R$ 6,2 milhões), ele teve que utilizar para quitar despesas de custeio e também o Imposto de Renda.
Diante da situação, a presidente Rosa Albuquerque anunciou, durante a reunião, medidas de impacto na gestão, incluindo revisão de contratos e folha de pagamento, de forma a ajustar a realidade financeira do Tribunal ao duodécimo vigente. As medidas tiveram a aprovação unânime de todos os conselheiros, auditores e membros do MP de Contas presentes à reunião, e começam a vigorar de imediato.
“Temos urgência urgentíssima. A situação encontrada é muito pior do que as anteriormente administradas por meus antecessores, porque eles tinham esse aporte do Fundo Financeiro. E eu não tenho pra onde apelar”, disse a conselheira presidente. Outras medidas emergenciais deverão ser adotadas.
“Vamos trabalhar com absoluta transparência, com a mais rigorosa regularidade em todos os contratos, e dentro da real situação do Tribunal, que nesse momento prudência e contenção de gastos”, concluiu a conselheira Rosa Albuquerque.
Últimas notícias
MPAL recebe delegadas de Proteção à Criança e ao Adolescente e apoia reestruturação de delegacia
Atalaia se prepara para uma noite de encanto, luz e emoção no dia 30 de novembro
Motta pressiona, mas PT e PL veem ser necessário adiar o PL Antifacção
Ação + Centro Novo leva dezenas de serviços gratuitos e atendimentos itinerantes à Praça Bom Conselho nesta terça (18)
Estudante de 17 anos morre após passar mal durante atividade física em escola de Palmeira dos Índios
Hackathon para mulheres abre inscrições para soluções de impacto em AL
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
