?Mulher que teve dedo decepado por cadeira em hospital receberá indenização
Vítima perdeu o polegar da mão direita ao tentar sentar em uma cadeira na enfermaria; decisão foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (8)

A juíza Maria Valéria Lins Calheiros, da 5ª Vara Cível de Maceió, condenou o Hospital do Açúcar a pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais e estéticos a uma mulher que teve o polegar da mão direita decepado ao tentar se sentar em uma cadeira na enfermaria. A instituição deverá ainda pagar pensão alimentícia no valor de 1/3 do salário-mínimo a título de danos materiais, até a vítima completar 65 anos de idade.
“A cadeira, encontrando-se em um dos quartos do hospital, era destinada aos acompanhantes dos pacientes. Ao se apoiar nela para sentar-se, a cadeira quebrou. Como não ficou demonstrado pela ré [hospital] nem que realizou manutenções e vistorias periódicas, tampouco que um possível mau uso da cadeira pela autora influenciou no nexo causal do acidente, considera-se inviável a alegação de caso fortuito, não podendo também ser atendido o pedido de reconhecimento da culpa concorrente. Dessa maneira, a responsabilidade é integralmente da ré”, explicou a magistrada, em decisão publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (8).
Ao ingressar com ação na Justiça, a vítima disse que médicos e enfermeiros do Hospital do Açúcar negaram auxílio e aconselharam-na a ir ao Hospital Geral do Estado (HGE). Quando chegou lá, tentaram recolocar o dedo, mas o procedimento não deu certo.
Disse ainda que, por conta do acidente, ficou impossibilitada de exercer suas atividades profissionais e domésticas, o que comprometeu seu rendimento e o de sua família. O Hospital do Açúcar contestou, dizendo que o acidente se tratou de caso fortuito, de circunstâncias alheias à vontade ou conduta da instituição.
Alegou ainda que prestou os primeiros socorros em suas dependências e, em seguida, pediu que a vítima fosse ao HGE, pois necessitaria de atendimento específico e especializado e não havia, naquele momento, cirurgião plantonista nem anestesista.
A titular da 5ª Vara Cível de Maceió julgou a ação procedente e condenou o Hospital do Açúcar ao pagamento da indenização. “Como a ré não apresentou provas de que foi realizado o devido atendimento de primeiros socorros, que poderia e deveria ser realizado em um hospital, independente da existência de atendimento de urgência ou emergência, considero que a demora influenciou no nexo causal para a perda do polegar direito da autora”.
A magistrada considerou ainda como verdadeiras as alegações de que a vítima ficou incapacitada para exercer seu trabalho. “A referida parte exercia primariamente a atividade de marisqueira e ficou profundamente abalada pelo acontecido e incapacitada de continuar com sua atividade laboral, na qual ganhava cerca de um salário-mínimo. A autora parou de receber sua principal fonte de renda em virtude do acidente, visto que é destra e não mais pode realizar seu trabalho manual, pois a ausência de polegar opositor compromete o uso da mão”, explicou.
A juíza, no entanto, considerou excessiva a concessão da pensão no valor de um salário-mínimo, porque a vítima continuou exercendo atividades secundárias, como de lavadeira e vendedora de frutas, motivo pelo qual fixou o benefício em 1/3 do salário-mínimo.
Últimas notícias

Bolão feito em Arapiraca ganha mais de R$ 86 mil na Mega-Sena

Saúde reforça serviço de Disque Denúncia para informar sobre animais peçonhentos

‘Adolescência’ reforça importância do PL de Daniel Barbosa sobre violência de gênero nas escolas

Adolescente de 17 anos fica ferida após cair de caminhão em União dos Palmares

Aviação pública de Alagoas garante transporte seguro para criança com Tetralogia de Fallot

Homem é encontrado morto com marcas de tiros e mãos amarradas em Craíbas
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
