PSDB admite: não há como frear onda pró-Doria para a eleição para presidente de 2018, diz jornal
Segundo o jornal O Globo, aliados dos senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e do governador Geraldo Alckmin já admitem não ter como frear o movimento em favor de João Doria para a vaga de presidenciável
A popularidade do prefeito de São Paulo João Doria e a situação difícil dos caciques de seu partido deixou o PSDB em uma situação inusitada, destaca o jornal O Globo do último final de semana: acostumada a decisões ditadas por seus caciques, a legenda tem pela primeira vez uma pré-candidatura tucana à Presidência articulada fora do controle das tradicionais lideranças do partido. Aliados dos senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e dogovernador Geraldo Alckmin já admitem não ter como frear o movimento em favor de João Doria para a vaga de presidenciável.
Conforme destaca o jornal, o que mais preocupa neste momento é o que tem sido chamado de efeito colateral imediato da ascensão do prefeito paulistano. Como não perde uma chance de se contrapor ao PT e ao ex-presidente Lula em compromissos de governo e em redes sociais, o prefeito começa a ocupar um espaço político deixado vago pelos presidenciáveis do partido (Aécio, Serra e Alckmin), mais focado atualmente nos desdobramentos da Lava-Jato do que no enfrentamento político.
Segundo aliados ouvidos pelo jornal, o triunvirato tucano tem consciência de que nada podem fazer para “segurar” Doria. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou na semana passada conter a onda em favor do prefeito; em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou que “credibilidade não é igual à popularidade”. Mas a fala gerou o efeito reverso, aumentando a campanha pró-Doria na internet, enquanto FHC foi alvo de críticas após o prefeito reagir e dizer que FHC já havia errado prognósticos em relação a ele duas vezes. Contudo, Doria repete que seu candidato a presidente é Alckmin.