Cidades

Câmara vai ao bairro do Mutange na próxima segunda-feira (11)

Por Ascom CMM 06/09/2017 14h02
Câmara vai ao bairro do Mutange na próxima segunda-feira (11)
Audiência pública foi proposta pelo vereador Francisco Sales e será realizada no Sinteal - Foto: Assessoria

Moradores do Mutange e região participam, na próxima segunda-feira (11), às 9h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal), de audiência pública que discutirá a situação do bairro nas mais diversas áreas. A audiência foi proposta pelo vereador Francisco Sales (PPL) e aprovada por unanimidade pelo Plenário da Câmara Municipal de Maceió.
 
Com uma população estimada de 5 mil habitantes, o Mutange cresceu de forma desordenada e é considerado uma área de risco permanente de acidente envolvendo deslizamento de encostas.
 
O último deles foi registrado no dia 22 de julho deste ano, quando uma barreira desmoronou, obrigando moradores a abandonarem suas casas. Ninguém se feriu, mas o medo é permanente, como conta Cícero Santana, presidente da Associação dos Moradores do Alto do Céu, uma das lideranças que solicitaram a audiência ao vereador Francisco Sales.
 
“O Mutange é uma bomba relógio, todo cercado por encostas. Mesmo quem não mora nas barreiras corre risco, porque quando a barreira desliza, atinge quem está  na parte baixa, nas casas construídas na pista. As pessoas moram porque não têm outra alternativa. O morro não pode ver água, que desaba”, diz o líder comunitário, ao afirmar que os moradores lançarão um pedido de socorro aos parlamentares durante a audiência.
 
“É muito importante esse momento para a gente porque teremos aqui a presença da Câmara e vamos aproveitar para fazer nossas reivindicações. O Mutange precisa ser visto”, afirma Cícero Santana, ao dizer que uma das ações a serem cobradas é a construção de muros de arrimo e recuperação de escadarias, o que não se faz, segundo informa, desde a década de 1980.
 
Ele ressalta que de 1990 para cá o bairro cresceu desordenadamente e os problemas se avolumam. Cita, além de infraestrutura, a falta de segurança, de escolas, creches e postos de saúde na localidade, o que obriga os moradores a recorrerem às unidades do Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. “Outro problema é o risco que a indústria Braskem, instalada no bairro, causa.  Já teve vários vazamentos. Há várias tubulações da empresa que cortam o bairro. Eles transportam produtos químicos diariamente. É um perigo constante”, afirma Cícero Santana.