Polícia

PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-governador Teotonio Vilela

Ex-secretário de Infraestrutura também é alvo da Operação Caribdis.

Por 7 Segundos Maceió com Assessoria PF 30/11/2017 06h06
PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-governador Teotonio Vilela
Ex-governador Teotonio Vilela - Foto: Google

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal estiveram na manhã desta quinta-feira (30), na casa do ex-governador Teotonio Vilela Filho. A PF cumpria mandados de busca e apreensão decorrentes da ação policial denominada “Operação Caribdis". Onze mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas em Maceió e também nas cidades de Salvador/BA, Limeira/SP e Brasília/DF.

Entre os investigados, além do ex-governador, o ex-secretário de Infraestrutura do Estado de Alagoas, Marco Fireman. Outros nomes ligados aos citados também são alvo da PF.

Os policiais estiveram no prédio de Teotonio Vilela, um imóvel de luxo localizado na Avenida Álvaro Otacílio, na Ponta Verde. 

A ação tem o objetivo de complementar provas colhidas para o inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar suposta prática de crimes de fraude em licitações, desvio de verbas públicas (peculato), corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos relacionados à obra dos lotes 3 e 4 do Canal do Sertão, trechos que cortam Alagoas e que foram licitados durante governo Vilela, através da Secretaria de Infraestrutura, entre os anos de 2009 e 2015. 

O Supremo Tribunal Federal autorizou a Polícia Federal a utilizar provas decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas à Construtora Norberto Odebrecht no aludido procedimento investigativo. A elas se somaram relatórios do Tribunal de Contas da União, constatando sobrepreço em contrato firmado entre o Governo de Alagoas e a referida empresa, no montante de R$ 33.931.699,46. 

Também restou apurado na investigação a existência de acordo de divisão de lotes da obra com a Construtora OAS.

Todo o material arrecadado será encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas, onde será analisado. A soma das penas máximas atribuídas aos delitos citados pode chegar a 46 anos de prisão.