Ataque suicida deixa mortos em mesquita na Nigéria
Mesquita fica na cidade de Gamboru, perto da fronteira da Nigéria com os Camarões, onde fica o epicentro do conflito com o grupo radical Boko Haram
Um homem-bomba atacou uma mesquita no norte da Nigéria na manhã desta quarta-feira (3), deixando ao menos 11 pessoas mortas.
A mesquita fica na cidade de Gamboru, no estado de Borno, perto da fronteira da Nigéria com os Camarões, onde fica o epicentro do conflito com o grupo radical islâmico Boko Haram.
Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento, mas a ação tem as características utilizadas pelo grupo jihadista. Frequentemente, eles recorrem a suicidas, que podem ser mulheres ou crianças, para atacar espaços públicos lotados, como mesquitas e mercados.
O número de mortos ainda não está claro. De acordo com a Reuters, 11 pessoas morreram, mas a France Presse afirma que o número de vítima chega a 14.
"Até o momento, 14 corpos foram retirados dos escombros da mesquita, no bairro de Unguwar Abuja, que foi totalmente destruída pela explosão", indicou Umar Kachalla, que combate o Boko Haram ao lado do Exército nigeriano.
"Somente o muezzin sobreviveu e acreditamos que há muitas mais vítimas sob os escombros", explicou.
Gamboru, grande cidade comercial entre a Nigéria e Camarões, foi tomada pelo Boko Haram em agosto de 2014, segundo a France Presse. Apesar da retomada da cidade em setembro de 2015 pelas forças nigerianas, com a ajuda do Exército do Chade, os combatentes do Boko Haram realizam ataques esporádicos nas aldeias e estradas vizinhas da região.
Na terça-feira, o líder histórico do grupo jihadista, Abubakar Shekau, transmitiu um vídeo reivindicando uma série de ataques cometidos em dezembro.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, afirmou em seu discurso de Ano Novo que a Nigéria "acabou com Boko Haram", mas o número de ataques e atentados contra postos militares aumentou acentuadamente nos últimos dois meses.
A insurgência, que arrasa o nordeste da Nigéria, já matou mais de 20 mil pessoas e deslocou outras 2,6 milhões desde 2009.