Delegado indicia cabo da PM que matou mulher durante 'surto psicótico'
Laudo confirma que pistola calibre 380 do militar foi utilizada na prática do crime
O delegado Robervaldo Davino, do 6° Distrito da Capital (6º DRP), concluiu e enviou à Justiça o inquérito policial que investigou o assassinato da Expedita da Silva, de 32 anos, morta pelo próprio marido, o cabo PM Ivan Augusto dos Santos Júnior, dentro do apartamento do casal, localizado no Residencial Costa Norte, 304, no bairro São Jorge, no dia 19 de janeiro deste ano.
Segundo o delegado, o cabo PM Ivan confessou a autoria do assassinato, praticado após uma discussão no interior do apartamento, e continua preso, após ter a prisão preventiva decretada.
Além da pistola calibre 380, usada no cometimento do crime, a polícia apreendeu também outra pistola, calibre .40, ambas de propriedade do militar e devidamente registradas.
A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) confirmou que os projetis recolhidos pela equipe do 6° DP, no quarto do casal, foram deflagrados pela pistola 380 do militar.
“Essa é mais uma prova da autoria do crime”, disse o delegado Davino, que enviou cópia do inquérito à Delegacia dos Crimes Contra a Criança, após obter a informação de que o cabo PM Ivan costumava agredir a filha mais velha. O casal tinha duas filhas.
A polícia apurou ainda, por meio de depoimentos de testemunhas, que a mulher era agredida com frequência pelo acusado, que prometia matá-la se ela denunciasse as agressões. “No dia do crime, ela disse que iria contar tudo à polícia”, acrescentou o delegado.
Expedita da Silva ainda chegou a se internada no Hospital Geral do Estado (HGE), mas acabou morrendo. O laudo cadavérico atestou que ela sofreu uma septicemia (infecção) generalizada, causada pelo tiro que atingiu seu abdômen.