Forças Armadas e PM fazem operação em seis comunidades do RJ
Cinco mil homens participam do cerco na manhã desta quinta-feira (7). Choque entra na Rocinha.
O Comando Conjunto da Intervenção deflagra na manhã desta quinta-feira (7) operação em seis comunidades de Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. A Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada nos dois sentidos por volta das 6h. A via liga as zonas Norte e Oeste da cidade.
São empregados 4.600 militares das Forças Armadas, 420 policiais militares e 350 policiais civis, com apoio de meios blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia.
De acordo com o Gabinete de Intervenção Federal (GIF), essa é uma das maiores operações do Comando Conjunto e deve ter duração um pouco maior que as demais.
"Deve-se levar em consideração não só o efetivo, mas o número de comunidades, a área abrangida, o número de pessoas que estão sendo beneficiadas. O efetivo de 4.600 é o efetivo total visualizado na projeção temporal da operação. Ela vai se estender um pouco mais do que o normal, nós visualizamos isso. Esse efetivo já inclui toda a logística necessária, inclusive com as substituições de efetivo que vão passando por uma situação de reserva ou de descanso para que as tropas descansadas posso entrar e manter o mesmo alerta, a mesma consciência. Então 4.600 é o somatório de várias etapas da operação”, explicou o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Gabinete de Intervenção.
Até as 8h30, uma pessoa havia morrido em confronto com a polícia, nove suspeitos foram detidos, e três pistolas, uma granada, drogas e um celular tinham sido apreendidos.
Também nesta manhã, agentes do Batalhão de Choque fazem operação na comunidade da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Moradores da região relataram, em redes sociais, que muitos tiros foram disparados e até barulho de bombas foram ouvidos.
Cidade de Deus na mira
A ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e remoção de barricadas nas comunidades de Cidade de Deus, Gardênia Azul, Outeiro, Vila do Sapê, Parque Dois Irmãos e Morro da Helena. Revistas seletivas de pessoas e veículos também são realizadas.
A Polícia Militar apoia a estabilização da área e bloqueia possíveis rotas de fuga de criminosos, e a Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais e cumprirá mandados judiciais.
Serão beneficiados com esta operação, direta e indiretamente, mais de 200 mil moradores das áreas abrangidas pelas ações.