Criadora do mascote da Copa do Mundo da Rússia se inspirou no próprio cão e no Fuleco
Lobo Zabivaka foi idealizado por Ekaterina Bocharova quando ela era aluna de desenho gráfico na Universidade Estadual de Tomsk, na Sibéria.
Todos os jogos da Copa do Mundo da Rússia têm uma coisa em comum: a presença, no estádio e em todas as cidades-sede, do lobo Zabivaka, o mascote oficial do Mundial de 2018. A idealizadora dele, porém, é uma estudante da Sibéria que tem pouca ligação com futebol, mas muita com arte: seu sonho é trabalhar criando desenhos animados.
Segundo Ekaterina Bocharova, atualmente com 22 anos, Zabivaka (ou "pequeno goleador", em tradução livre do russo) virou seu "talismã" desde 21 de outubro de 2016, quando a Fifa anunciou que sua criação venceu os outros dois finalistas na votação popular para se tornar o mascote oficial da competição.
"Eu não imaginava que tudo isso aconteceria comigo tão cedo, ainda na universidade", escreveu ela em uma rede social na época.
Antes de se mudar para Moscou, ela estudou desenho gráfico na Universidade Estadual de Tomsk, uma instituição pública fundada na Sibéria em 1878, que fica a 3,5 mil quilômetros da capital da Rússia.
Foi na faculdade que ela ficou sabendo do concurso da Fifa para definir o mascote oficial. Quando decidiu participar, ela começou a pesquisar e buscar inspiração.
"Comecei a ver exemplos de diferentes mascotes de Olimpíadas e outras competições", disse ela ao "The Moscow Times".
Seu desenho concorreu na final com um tigre e um gato, mas acabou levando 52% dos mais de um milhão de votos. O anúncio foi feito em outubro de 2016, em um dos principais programas de televisão da Rússia, com a presença de Ronaldo Nazário, o ex-jogador bicampeão da Copa do Mundo pela Seleção Brasileira, em 1994 e 2002.
O prêmio da Fifa por criar o mascote oficial foi simbólico: ao ceder os direitos autorais do simpático lobo com óculos de esquis, ela recebeu apenas 500 dólares, o equivalente a R$ 1.800 ou 32 mil rublos, a moeda da Rússia.