Promotoria diz que trio matou menina mesmo depois de saber que era o alvo errado
Justiça acatou o pedido do MP que denunciou os suspeitos por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver; trio está preso preventivamente. Vitória Gabrielly foi morta com um golpe mata-leão.

Os três suspeitos de matarem a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, cometeram o crime mesmo sabendo que pegaram a vítima errada, conforme alega a promotoria. O Ministério Público denunciou na segunda-feira (16) o trio por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
A denúncia foi aceita pelo juiz Flávio Roberto Carvalho na terça-feira (17). O processo corre pela Vara Criminal de São Roque em sigilo de Justiça.
O servente de pedreiro Júlio César de Lima Erguesse, e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, estão presos desde junho pela morte de Vitória Gabrielly.
Na denúncia do MP, a qual a TV TEM teve acesso, os promotores fundamentaram o pedido de prisão preventiva com informações sobre a personalidade dos suspeitos.
A promotoria afirma que os réus se mostram incapazes de conviver em sociedade, que têm "traços de personalidades animalescas" ao sequestrarem a menina de apenas 12 anos, e "frieza extrema" na execução do crime. Ainda conforme o documento, a menina Vitória Gabrielly foi morta pelos suspeitos para esconder o sequestro.
Morte por engano
A possibilidade de a menina ter sido morta por engano era investigada desde o início do trabalho da Polícia Civil. A linha de investigação foi confirmada a partir do depoimento de uma testemunha, ouvida no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.
A testemunha, que teve a identidade preservada, afirmou que devia cerca de R$ 7 mil a um traficante e que tem uma irmã com as mesmas características da menina Vitória.
Relembre o caso
Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho, quando saiu de casa para andar de patins, em Araçariguama. Uma câmera de segurança registrou a menina na rua no dia do sumiço.
A adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.
A morte da menina comoveu a cidade de Araçariguama, que se mobilizou para encontrá-la. Cerca de duas mil pessoas participaram do enterro.
Suspeitos presos
O primeiro suspeito preso foi o servente de pedreiro Júlio César de Lima Erguesse, localizado após uma denúncia. O rapaz, de 24 anos, chegou a dar seis versões sobre o desaparecimento da menina. Exames feitos pelo Instituto de Criminalística comprovaram que havia DNA de Vitória Gabrielly sob as unhas de Júlio.
O rapaz contou à polícia que esteve dentro de um carro com a garota e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes. Em todos os depoimentos, o casal negou envolvimento no crime.
Entretanto, cães farejadores da Guarda Municipal de Itupeva sentiram o odor de Bruno na cena do crime, e o de Vitória Gabrielly na residência do casal.
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