Política

Atentados marcam história da política em Alagoas

Ocorrido com Bolsonaro ressuscita casos antigos de violência envolvendo políticos

Por 7 Segundos 08/09/2018 08h08
Atentados marcam história da política em Alagoas
Capa do Jornal do Commercio estampando o ocorrido - Foto: Internet

O ocorrido esta semana contra o presidenciável, Jair Bolsonaro (PSC), em Minas Gerais, entra para a seleta lista de atentados contra políticos e revive na memória da sociedade outros casos que envolve Política e violência.

Na próxima quinta-feira (13) farão 61 anos da famosa troca de tiros entre deputados dentro da Assembleia Legislativa Estadual (ALE) com um morto e vários feridos.

De acordo com os registros da época, tudo começou quando deputados atravessaram a Praça D. Pedro II e entraram no prédio da ALE, onde dentro da edificação já haviam sido montadas barricadas no plenário. Tudo isso para a votação do pedido de impeachment do então governador Sebastião Marinho Muniz Falcão, que dos 35 deputados estaduais, 22 estavam contra ele.

O deputado Henrique Mendes (PTN), sogro do governador, teria encomendado 22 caixões para o enterro coletivo da oposição, mas durante o confronto levou um tiro nas costas e acabou morrendo.

Também saíram feridos o jornalista Márcio Moreira Alves,  e os deputados Carlos Gomes de Barros, Júlio França e José Afonso e o servidor Jorge Pinto Dâmaso.

O segundo caso que vive na memória dos alagoanos, é o atentado contra a deputada federal, Ceci Cunha. Ela, seu marido, Juvenal Cunha da Silva, o cunhado Iran Carlos Maranhão Pureza e a mãe de Iran, Ítala Neyde Maranhão, foram assassinados a tiros no dia 16 de novembro de 1998.

No momento do crime, as vítimas preparavam uma comemoração na casa de Iran, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió. Ceci seria diplomada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) nesse dia.

De acordo com Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), o crime foi planejado por Talvane Albuquerque, que não se conformou em não ser eleito e acabou como primeiro suplente de deputado. Com a morte, Albuquerque poderia obter o cargo.

O caso foi julgado em janeiro de 2012 e o ex-deputado Talvane Albuquerque foi condenado a 103 anos e quatro meses de reclusão como autor intelectual.