Em um ano, consumo das famílias aumenta em mais de 30%
Mesmo com o aumento, os consumidores ainda não consideram o momento favorável para aquisição de bens duráveis

Em Maceió, o Índice de Consumo das Famílias, em setembro, é de 1,27% superior quando comparado com o mês de agosto. Em relação ao mesmo período de 2017, a pesquisa do Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), aponta que na capital já consomem cerca de 38,27% a mais.
“A estagflação brasileira, ou seja, a situação de crescimento baixo ou nulo, com inflação e desemprego alto, começa a ceder”, explica o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha. Ele acrescenta que os dados de desemprego continuam altos, mas a inflação começa a ser menor e chega aos níveis de deflação, isto é, recuo de preço real.
Os dados divulgados pelo IBGE apontam redução de 0,09% nos preços, em agosto, e o IPCA-15 (primeiros 15 dias de setembro), demonstra crescimento de 0,09% nos preços gerais da economia. Esses números são favoráveis para o consumidor e o empresário que vê reaquecer a demanda por seus produtos.
Essa informação pode ser corroborada ao analisar os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, com o crescimento da receita nominal das empresas em 1,6% (até julho) e de 0,2% nas vendas do setor (até julho). Nos últimos 12 meses, o crescimento da receita é de 4,2% e das vendas de 3,6%.
Embora os consumidores estejam 0,9% menos confiantes na manutenção dos seus empregos, justamente pela alta taxa de desemprego no Estado, a segunda maior, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os maceioenses estão 1,4% mais confiantes de que haverá melhora na perspectiva profissional – devido à conjuntura de substituição legislativa e executiva no País.
O assessor econômico da Fecomércio explica que o Governo Federal adotou uma política macroeconômica denominada de “taxa de sacrifício”. “Para tentar diminuir a inflação do país e reordenar as expectativas dos agentes econômicos”, afirma.
As compras a prazo, comparado com o mesmo período do ano passado, também estão apresentando melhora, 1,9% superior. Por isso, o nível de consumo atual frente a 2017, dos consumidores de Maceió já está 6,7% maior.
A perspectiva é consumir 2% a mais até o final do ano. Sinalização positiva para os empresários da capital que podem adotar estratégias a fim de atrair os consumidores. “Mesmo comprando mais, os consumidores ainda não consideram o momento bom para aquisição de bens duráveis. Esse segmento apresentou queda de 3,3%, comparado a setembro do ano passado”, ressalta.
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