Em debate, presidenciáveis ampliam ataques, mas poupam Bolsonaro
O primeiro de três últimos debates entre candidatos à Presidência da República, nesta quarta-feira (26), refletiu a briga nas pesquisas mais recentes por uma vaga no segundo turno e viu o tom ácido nos embates substituir uma linha morna que fora adotada pelos candidatos até então, em eventos similares. Líder nos últimos levantamentos, Jair Bolsonaro (PSL), por outro lado, foi escanteado pelos adversários ao ser citado poucas vezes – em nenhuma delas, com críticas a propostas de governo.
O debate foi realizado pelo UOL, em parceria com o SBT e a "Folha de S.Paulo". Internado por conta de um ataque a faca sofrido no último dia 6, durante agenda em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro não compareceu ao evento. Ciro, que passou por um procedimento médico na próstata ontem, seguiu direto do hospital Sírio Libanês para os estúdios da emissora, em Osasco (Grande SP).
Se Bolsonaro não foi alvo, o mesmo não aconteceu com o candidato do PT, Fernando Haddad, nem sobre os governos de Geraldo Alckmin (PSDB) ou Michel Temer (MDB).
O tucano, que aparece estagnado nas pesquisas sem atingir os 10%, poupou Bolsonaro a maior parte do debate –citou-o apenas nas considerações finais como "o candidato da discriminação" –, mesmo quer seja um de seus alvos preferidos no horário eleitoral. De outras frentes, o ex-governador foi atacado por adversários como Henrique Meirelles (MDB), Haddad e Guilherme Boulos (PSOL).
Tecnicamente fora da briga pelo segundo turno, com 1% nos últimos levantamentos Ibope e Datafolha, Boulos protagonizou com Alckmin um dos principais bate-bocas ao destacar que, como professor, "faltava giz na sala de aula, faltava papel higiênico no banheiro das escolas, professores [eram] desvalorizados." "Agora, o que eu e o Brasil todo queremos saber sobre a Educação, Alckmin, é: cadê o dinheiro da merenda?", provocou.
O tucano defendeu os indicadores do estado em educação e negou fechamento de escolas, também argumento de Boulos. "Tenho 40 anos de vida pública, sempre trabalhei, não fui desocupado, não invadi propriedade, não tenho nenhuma condenação", reagiu. Sobre o escândalo de desvios de recursos da merenda escolar, o tucano disse não haver "ninguém envolvido" ligado a ele.
Ciro, que passou parte do debate sentado, em razão da internação, questionou Haddad diretamente, mas aproveitou a oportunidade para falar sobre desenvolvimento regional –tema que não provocou embates entre ambos, adversários mais diretos na vaga ao segundo turno.
Ao responder aos jornalistas dos veículos parceiros, entretanto, o pedetista não citou Haddad diretamente, mas fez questão de salientar que, caso ganhe as eleições, buscará governar sem o PT.
"Se eu puder governar sem o PT, eu prefiro, porque o PT, nesse momento, representa uma coisa muito grave para o país, menos pelos benefícios, que não foram poucos, que produziu, mas mais porque se transformou em uma estrutura de poder odienta que criou o Bolsonaro, essa aberração", disse o pedetista, que completou: "Esse conflito entre os dois [entre PT e Bolsonaro] vai levar nosso país para o fundo poço", definiu.
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