Sergio Moro deveria "assumir" que é um político e aceitar ministério, diz Ciro

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que foi o terceiro candidato à Presidência mais votado no primeiro turno, disse que o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas decisões em primeira instância da Operação Lava Jato, deveria aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o Ministério da Justiça,
"Sergio Moro deveria aceitar logo o convite. Ele não é juiz, ele é político e deveria assumir essa vocação e assumir logo esse ministério. Assim ele poderia mostrar como pode ajudar o Brasil sem os arbítrios judiciais", disse Ciro em entrevista à rádio CBN, na noite desta quarta-feira (31).
Moro foi sondado por Bolsonaro um dia após o segundo turno das eleições. O presidente eleito disse que convidaria o juiz federal para ser ministro da Justiça ou membro do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Pretendo conversar com ele e, logicamente, havendo uma conversa, nos acertando, seria feito um convite. Ele diria sim ou não. Eu só posso falar isso agora porque as eleições se acabam. Se fosse antes das eleições, poderia soar como oportunismo da minha parte", declarou Bolsonaro na segunda-feira (29) em entrevista ao SBT.
Moro e Bolsonaro têm uma reunião agendada para amanhã (1º) no Rio de Janeiro para discutir a indicação dele ao ministério. O juiz visitará o presidente eleito, que estará acompanhado de seu vice, General Mourão.
Apesar de chamar Moro de "político", Ciro disse que não se pode atribuir a ele toda a causa do antipetismo. "O Sergio Moro se orienta pelo mapa da operação mãos limpas [da Itália]. Eu já li artigos dele fazendo apologia inclusive a vazamentos. Ele defendia isso em artigos. Agora dizer que foi a Lava Jato que causou tudo isso [antipetismo], não percebemos o fenômeno correto, ao contrário da cúpula do PT que chama 60% do povo brasileiro de fascista", disse.
Segundo a Folha de S. Paulo, se aceitar o convite de Bolsonaro, Sergio Moro deverá comandar um "Superministério", que vai agregar estruturas da Justiça, Segurança Pública, Transparência e Controladoria-Geral da União e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) --este último hoje ligado ao ministério da Fazenda.
Em comunicado distribuído à imprensa na terça-feira (30), Moro disse que ficava "honrado com a lembrança" para assumir o ministério ou integrar o STF. "Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão".
Caso aceite ser ministro do governo de Bolsonaro, Moro deverá pedir exoneração do cargo de juiz federal ou pedir sua aposentadoria.
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