Combativo, Renan Calheiros fala sobre presidência do senado e troca farpas com senador
Com mandato renovado e condenação cassada pelo Tribunal Regional Federal (TRF), o senador alagoano Renan Calheiros (MDB) se mostrou combativo em sessão plenária nesta terça-feira (27), onde falou sobre candidatura à presidência do Senado, e protagonizou embate com o senador Lasier Martins (PSD).
Após ironizar declarações do ministro indicado da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, através de uma rede social, Renan falou sobre pneumonia que teria o levado para o hospital, e acusou adversários de utilizarem seu acometimento médico para forçarem articulações políticas.
“Tudo que meus adversários querem infelizmente, sempre foi assim, é que eu, por conta dessa pneumonia, diga que eu ou sou, ou não sou mais candidato à Presidência do Senado”, disse o senador.
Calheiros voltou a alfinetar Sérgio Moro, agora no plenário, dizendo que teria mostrado ao futuro ministro, que não é possível editar decreto regulamentador de lei que não existe, e que não foi aprovada pelo Congresso, salientando que não dá para atropelar o parlamento.
“Eu, lá do hospital, mostrei para o nosso futuro ministro que aqui no Congresso não há essa coisa de decreto regulamentador de medida provisória. Você, no Congresso, regulamenta a lei, você tem um decreto regulamentador da lei, mas só quando a lei, a medida é sancionada pelo Presidente da República, porque decreto regulamentador sem lei é decreto-lei. E essa memória não é a memória mais agradável que nós temos na nossa República”, disse.
Incomodado com as declarações do senador alagoano, Lasier Martins, acusou Renan de fazer propaganda para assumir a presidência da casa.
“Seu tempo acabou. O senhor não vai ser eleito presidente do Senado. Eu tenho ficha limpa, Vossa Excelência não tem”, disse o senador.
A troca de farpas se estendeu, com Calheiros retrucando o senador gaúcho e o acusando de ter agredido a ex-mulher.
“Pelo menos eu nunca bati na minha mulher, e eu não tolero quem bate em mulher”, acusou.
Ambos foram interrompidos pelo presidente, Eunício Oliveira (MDB-CE).