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Criança detida por agentes americanos morre na fronteira

Menina de 7 anos da Guatemala, detida junto com seu pai por autoridades, sofreu desidratação e choque, informou o jornal 'Washington Post'

Por Reuters 14/12/2018 09h09
Criança detida por agentes americanos morre na fronteira
Imigrantes da América Central são escoltados por agente de fronteira dos EUA após se entregarem em El Paso, no Texas 03/12/2018 - Foto: Reuters/Jose Luis Gonzalez

Uma menina de 7 anos da Guatemala morreu de desidratação e choque horas depois de ter sido posta sob custódia da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos, segundo informações do jornal "Washington Post" nesta quinta-feira (13).

A menina e seu pai haviam sido detidos pelas autoridades imigratórias em 6 de dezembro no Estado do Novo México e faziam parte de um grupo de 163 pessoas que abordaram agentes dos EUA para se entregarem, relatou o Post.

Na manhã de 7 de dezembro, a menina começou a ter convulsões, e socorristas descobriram que sua temperatura estava em 40 graus. Ela foi, então, levada ao hospital, onde morreu, segundo o jornal.

A agência de Alfândega e Proteção de Fronteira não respondeu de imediato a um pedido de comentário da "Reuters". Uma porta-voz do Hospital Providence de El Paso, no Texas, para onde o Post disse que a criança foi levada, tampouco respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Os nomes da menina e do pai não foram divulgados. A agência, que normalmente oferece alimento e água a imigrantes sob sua custódia, está investigando o incidente para saber se as diretrizes apropriadas foram seguidas, informou o Post.

A chefe do Departamento de Segurança Interna, que supervisiona a agência de Alfândega e Proteção de Fronteira, comparecerá diante do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados na semana que vem, disse Jerry Nadler, a democrata mais graduada da entidade, no Twitter. "Exigiremos respostas imediatas para esta tragédia", disse Nadler.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fez do endurecimento da política imigratória um dos pilares de sua presidência e prometeu construir um muro ao longo da fronteira sul com o México.

Durante o verão local sua política imigratória de "tolerância zero", que resultou na separação de crianças e pais na divisa, causou revolta nacional, e foi revertida em grande parte.