Quem é o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub
Nome desconhecido no setor, o agora ex-secretário-executivo da Casa Civil é economista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Anunciado nesta segunda-feira como o novo ministro da Educação, Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub é mais um neófito na política a integrar o primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro. Nome desconhecido no mercado, o agora ex-secretário-executivo da Casa Civil é economista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Abraham e o irmão, o jurista e assessor-chefe-adjunto de Bolsonaro, Arthur Weintraub, foram apoiadores de primeira hora do candidato à Presidência, antes do posto "Ipiranga", o ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles foram apresentados a Bolsonaro pelo ministro da Casa Civil e deputado federal licenciado, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). O parlamentar conheceu os irmãos em um seminário internacional da Previdência realizado em março de 2017 no Congresso. Ele se apaixonou pelas ideias dos dois. Em seguida, convidou a dupla para participar da elaboração do plano de governo de Bolsonaro.
O novo ministro fundou em 2015 o Centro de Estudos em Seguridade (CES), que se apresenta como uma associação civil sem fins lucrativos fundada por professores dos cursos de Atuária e Contabilidade da Unifesp. A "missão" do centro é, segundo informou seu site oficial, "a excelência científica e técnica em Seguridade" e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e de difusão de conhecimento especializado para a promoção da sustentabilidade e governança na área.
No ano passado, o CES foi a única instituição a apoiar a realização da Cúpula Conservadora das Américas, evento idealizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. Abraham e Arthur palestraram sobre economia, em dezembro do ano passado.
– Eu e meu irmão vamos contar como foi a nossa experiência em aplicar a teoria de Olavo de Carvalho em, democraticamente, lidar com o marxismo cultural – disse o novo ministro, na ocasião.
Weintraub, que segundo Bolsonaro possui "ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta", disse ainda que tentaria responder na palestra a duas questões: onde o Brasil vai estar em 2050 e a trilha que será preciso percorrer até la. Destacou por diversas vezes que será preciso derrotar o comunismo para que o país volte a crescer e lembrou ter lido "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", do alemão Max Weber, citando a teoria do "choque de civilizações", do cientista político americano Samuel P. Huntigton.
– Quando caiu o muro de Berlim, um monte de goiaba falou que o comunismo acabou. Agora que o Jair Bolsonaro ganhou, o PT está derrotado. Podemos estar tranquilos? Não podemos. Essa turma vai voltar para a casa, eles são inteligentes. O meu inimigo é igual ou tão mais forte do que eu, senão eu sou um trouxa – disse Abraham
À plateia, a única vez em que se referiu à educação foi quando disse que “precisamos vencer o marxismo cultural nas universidades”.
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