Presidente de associação do Pinheiro denuncia que Braskem faz jogo ao ameaçar deixar Alagoas
Alexandre Sampaio falou sobre a falta de acesso a informações, e das dificuldades que os negociantes da região enfrentam
Em entrevista para a TV Cidadã, apresentado pelo jornalista Valtenor Leoncio, o presidente da Associação dos Empreendedores do bairro do Pinheiro, Alexandre Sampaio fez duras críticas à Braskem e falou da falta de clareza com a população das mídias oficiais, sobre a real situação da região. A associação foi criada pelos empreendedores dos locais afetados (Pinheiro, Mutange e Bebedouro), para buscar os direitos cabíveis a cada um dos negociantes que foram afetados, seja pelos impactos físicos (fissuras) ou socioeconômicos.
Alexandre afirmou que após se reunirem, os associados esperaram o laudo da CPRM, que foi elogiado pelo entrevistado, para a definição da empresa responsável pelos impactos “ficou claro na quarta-feira (8) que foi a Braskem, mais especificamente a mineração da empresa, que provocou o afundamento das rachaduras no bairro e a partir daí a gente vai buscar a indenização”, afirmou o empresário.
A crítica a Braskem e à comunicação dos órgãos municipais com a população também foi tema da fala do presidente da associação. Ele criticou o nível de omissão ao longo dos 40 anos de mineração da empresa na área, já que das 30 minas existente na região, apenas oito tem relatórios dos impactos ambientais, “E muito grave ter um nível de omissão de uma mineração que acontece dentro de um bairro, com uma população enorme. É realmente algo criminoso. ”, desabafou.
Apesar do laudo da CPRM que foi liberado na quarta feira (8), os moradores ainda aguardam o mapa da área de risco para saber como reagir. Para Alexandre as fake news que surgem a todo momento, deixa a população da região confusa sobre como agir judicialmente “Se quer combater a fake news, seja claro com a população”.
As audiências sobre o caso e o estudo do mapa de risco continuam, e para conseguirem mais clareza sobre elas, o Alexandre Sampaio contou que 10 entidades estão entrando com processo, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, na prefeitura e para solicitar oficialmente que o mapa de risco seja divulgado.