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Scanner corporal vai coibir a entrada de armas e drogas nos presídios alagoanos

Agentes estão recebendo treinamento para usar equipamento vai coibir a entrada de celulares, armas e drogas nos presídios da capital

Por Ascom Seris 24/05/2019 09h09
Scanner corporal vai coibir a entrada de armas e drogas nos presídios alagoanos
Agentes de São Paulo realizaram treinamento sobre como utilizar o body scanner durante revistas nas unidades prisionais de Alagoas - Foto: Bruno Soriano / Ascom Seris

Agentes penitenciários de todas as unidades do sistema prisional alagoano participaram de um treinamento, realizado no Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, com o objetivo de capacitá-los sobre o manuseio do body scanner, ou scanner corporal, equipamento que detecta objetos no corpo de uma pessoa, sem a necessidade de se remover a roupa, tampouco de contato físico durante o procedimento de revista dos familiares dos reeducandos. As instruções, teórica e prática, foram ministradas durante dois dias por agentes da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, sendo encerradas nesta quinta-feira (23).

 

Ricardo Tsuneo Maekawa é agente de segurança da Penitenciária de Piracicaba (SP) e foi um dos instrutores do curso. Ele explica que a experiência adquirida pelos agentes do sistema prisional alagoano será de suma importância para se distinguir as imagens suspeitas apontadas pelo scanner durante o procedimento de revista. “Além do passo a passo sobre como manusear o body scanner, trouxemos também várias situações flagradas, por meio deste equipamento, em unidades prisionais do estado de São Paulo. É bem verdade que os visitantes vão continuar tentando driblar a revista, mas, em Piracicaba, por exemplo, o índice de apreensões subiu 80% com o scanner corporal”, relatou o agente.

 

Getúlio Álvaro, por sua vez, é agente no Centro de Detenção Provisória de Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, e destaca a importância da troca de experiências. “A habilidade que o agente penitenciário emprega em seu dia a dia é imprescindível na utilização do body scanner, que deve o ocorrer de forma integrada com outros setores, sobretudo o de inteligência, permitindo, assim, a eficiência da revista”, afirmou Getúlio, que faz questão de enaltecer os resultados alcançados com o auxílio do scanner corporal.

 

Prova disso é que, em 2017, quando a unidade de Itapecerica da Serra ainda não dispunha de body scanner, apenas cinco pessoas foram flagradas tentando entrar no centro de detenção com algum objeto ilícito. Um ano depois, já com o equipamento, este número subiu para 15. “Vimos crescer o nível de ousadia dessas pessoas porque elas pensam que vão conseguir ludibriar a máquina, mas é inegável que o body scanner confere mais celeridade e segurança aos procedimentos de revista, e, portanto, Alagoas também está de parabéns por investir na aquisição de materiais do tipo, melhorando as condições de trabalho e modernizando o sistema prisional”, avaliou o instrutor.

 

Para Vanderly Costa, que é agente do Centro Psiquiátrico Judiciário Pedro Marinho Suruagy e participou do treinamento, a utilização do scanner humano vai além da segurança conferida a servidores, presos e familiares destes. “Vamos também evitar qualquer constrangimento durante a revista. Esta máquina realmente chega para somar porque, infelizmente, muitas pessoas ainda costumam recorrer a artifícios diversos na tentativa de entrar numa unidade prisional portando material entorpecente. Agora, com o advento da tecnologia, seguiremos ainda mais atentos e preparados para frustrar essas tentativas”, disse o agente.

 

“Tivemos acesso a dicas muito importantes sobre como de fato identificar qualquer objeto ilícito por meio do body scanner. O sistema prisional só tem a ganhar com essa troca de experiências”, reforçou a também agente penitenciária Mônica Cavalcante.