Educação

Workshop socializa experiências que deram certo no Ensino Fundamental em Alagoas

A Secretária de Estado da Educação, Laura Souza, destacou a importância do compartilhamento das boas práticas educacionais entre as redes municipais e estadual

Por Agência Alagoas 23/07/2019 19h07
Workshop socializa experiências que deram certo no Ensino Fundamental em Alagoas
Workshop socializa experiências que deram certo no Ensino Fundamental em Alagoas - Foto: Thiago Sampaio

Nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deu início ao I Workshop do Programa Escola 10, visando expor práticas exitosas de escolas do Ensino Fundamental das redes públicas alagoanas. Na cerimônia de abertura, o governador em exercício, Luciano Barbosa, destacou a importância da troca da socialização de ações bem-sucedidas entre as escolas das redes municipais e estadual, como forma de fortalecer a educação em Alagoas e o regime de colaboração entre Estado e Municípios.

“Não estamos avaliando ninguém, a gente está trocando experiências. Cada um está mostrando para o outro o que está fazendo e, de repente, pode aparecer uma luz para um problema que existia em uma outra escola, que já conseguiu resolvê-lo. Muita coisa tem sido feita em cada escola, às vezes isoladamente, e queremos tirá-las desse isolamento, levando esses trabalhos para as demais regiões do estado todo. Essa troca de experiências é fundamental porque nós não podemos ter uma escola se sobressaindo às outras, o que nós queremos é a uniformidade, com média alta – essa uniformidade nos interessa e, por isso, esse compartilhamento de informações”, destacou Barbosa.

Segundo Laura Souza, secretária de Estado em exercício da Educação, a exposição de atividades exitosas e da reflexão sobre os erros e acertos visa à promoção de uma melhor qualidade da educação pública de Alagoas. Para Laura, o Workshop oportuniza aos profissionais da educação retornarem às suas comunidades com novos aprendizados.

“Esse evento é um momento de troca de experiências e acompanhamento. O Escola 10 é um programa relativamente novo, começou em 2017 e estamos começando a colher os primeiros frutos. Tivemos um crescimento muito grande nos índices de proficiência, o que significa que nossos alunos efetivamente estão aprendendo mais. Hoje, a nota Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] deixou de ser apenas a conquista de uma posição no ranking nacional e passou a servir de incentivo para todos os profissionais da educação, nessa busca constante para a melhoria do ensino no estado”, complementou a secretária.

Exemplos práticos

Dentre as experiências expostas nos banners, estava a da Escola Estadual Indígena José Carapina, de Pariconha. Com o tema “Explorando o território e os espaços culturais”, Domingos Sávio do Nascimento, diretor da unidade, Celine Barbosa, Cícero Pereira, Ediane Nunes e Márcia do Nascimento exemplificaram como a conexão dos estudantes com o local onde vivem e sua cultura influenciou na melhora da aprendizagem – na última avaliação do Ideb, a escola conquistou a nota de 4,9.

“A gente tem feito um trabalho de formiguinha, porque temos que manter as crianças no seio da escola, trazer a família, mas isso não teria muito êxito sem a ponte entre a cultura para ressignificar a escola dentro do seu meio cultural, religioso e étnico. Isso foi muito positivo porque geramos nos alunos o sentimento de pertencimento. Dentre as ações que contribuem para essa sensação de pertencimento, está a visitação no território que julgamos importantes para os povos indígenas Jeripancó. Aos poucos, conseguimos sistematizar essas atividades para que houvesse maior coesão entre o aluno, cultura e escola”, pontua Domingos Sávio do Nascimento.

O sentimento de pertencimento também foi aflorado na Escola Estadual Edmilson Pontes, localizada em Maceió. “O estudante como autor da própria escola”, tema escolhido por Ivanilson Santana, diretor adjunto, Adriano Ataíde e Selma Patriota, mostra como a análise das necessidades do aluno é de suma importância para a melhoria do aprendizado – na unidade, os alunos passaram a fazer parte das decisões do colegiado.

A abertura do espaço para que os próprios estudantes exponham suas dificuldades fez com que a equipe pedagógica pudesse trabalhar os assuntos nos quais havia deficit de aprendizagem.“As decisões são tomadas de forma coletiva e democrática. Nas atividades, principalmente as que dizem respeito à cultura e à questão desportiva, eles são os verdadeiros protagonistas. A sensação de pertencimento faz com que o aluno entenda que a escola é dele”, expõe Santana.

O diretor adjunto contou ainda que, a partir da avaliação estadual da proficiência, os professores passaram a trabalhar de maneira coletiva, com ações que envolvem os aspectos cognitivos. Na Edmilson Pontes, a nota do Ensino Fundamental no Ideb 2017 é de 5,0 pontos.

Programação 

O worskhop do Programa Escola 10 terá continuidade nesta quarta-feira (24), desta vez com experiências voltadas ao ensino médio.