Workshop socializa experiências que deram certo no Ensino Fundamental em Alagoas
A Secretária de Estado da Educação, Laura Souza, destacou a importância do compartilhamento das boas práticas educacionais entre as redes municipais e estadual

Nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deu início ao I Workshop do Programa Escola 10, visando expor práticas exitosas de escolas do Ensino Fundamental das redes públicas alagoanas. Na cerimônia de abertura, o governador em exercício, Luciano Barbosa, destacou a importância da troca da socialização de ações bem-sucedidas entre as escolas das redes municipais e estadual, como forma de fortalecer a educação em Alagoas e o regime de colaboração entre Estado e Municípios.
“Não estamos avaliando ninguém, a gente está trocando experiências. Cada um está mostrando para o outro o que está fazendo e, de repente, pode aparecer uma luz para um problema que existia em uma outra escola, que já conseguiu resolvê-lo. Muita coisa tem sido feita em cada escola, às vezes isoladamente, e queremos tirá-las desse isolamento, levando esses trabalhos para as demais regiões do estado todo. Essa troca de experiências é fundamental porque nós não podemos ter uma escola se sobressaindo às outras, o que nós queremos é a uniformidade, com média alta – essa uniformidade nos interessa e, por isso, esse compartilhamento de informações”, destacou Barbosa.
Segundo Laura Souza, secretária de Estado em exercício da Educação, a exposição de atividades exitosas e da reflexão sobre os erros e acertos visa à promoção de uma melhor qualidade da educação pública de Alagoas. Para Laura, o Workshop oportuniza aos profissionais da educação retornarem às suas comunidades com novos aprendizados.
“Esse evento é um momento de troca de experiências e acompanhamento. O Escola 10 é um programa relativamente novo, começou em 2017 e estamos começando a colher os primeiros frutos. Tivemos um crescimento muito grande nos índices de proficiência, o que significa que nossos alunos efetivamente estão aprendendo mais. Hoje, a nota Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] deixou de ser apenas a conquista de uma posição no ranking nacional e passou a servir de incentivo para todos os profissionais da educação, nessa busca constante para a melhoria do ensino no estado”, complementou a secretária.
Exemplos práticos
Dentre as experiências expostas nos banners, estava a da Escola Estadual Indígena José Carapina, de Pariconha. Com o tema “Explorando o território e os espaços culturais”, Domingos Sávio do Nascimento, diretor da unidade, Celine Barbosa, Cícero Pereira, Ediane Nunes e Márcia do Nascimento exemplificaram como a conexão dos estudantes com o local onde vivem e sua cultura influenciou na melhora da aprendizagem – na última avaliação do Ideb, a escola conquistou a nota de 4,9.
“A gente tem feito um trabalho de formiguinha, porque temos que manter as crianças no seio da escola, trazer a família, mas isso não teria muito êxito sem a ponte entre a cultura para ressignificar a escola dentro do seu meio cultural, religioso e étnico. Isso foi muito positivo porque geramos nos alunos o sentimento de pertencimento. Dentre as ações que contribuem para essa sensação de pertencimento, está a visitação no território que julgamos importantes para os povos indígenas Jeripancó. Aos poucos, conseguimos sistematizar essas atividades para que houvesse maior coesão entre o aluno, cultura e escola”, pontua Domingos Sávio do Nascimento.
O sentimento de pertencimento também foi aflorado na Escola Estadual Edmilson Pontes, localizada em Maceió. “O estudante como autor da própria escola”, tema escolhido por Ivanilson Santana, diretor adjunto, Adriano Ataíde e Selma Patriota, mostra como a análise das necessidades do aluno é de suma importância para a melhoria do aprendizado – na unidade, os alunos passaram a fazer parte das decisões do colegiado.
A abertura do espaço para que os próprios estudantes exponham suas dificuldades fez com que a equipe pedagógica pudesse trabalhar os assuntos nos quais havia deficit de aprendizagem.“As decisões são tomadas de forma coletiva e democrática. Nas atividades, principalmente as que dizem respeito à cultura e à questão desportiva, eles são os verdadeiros protagonistas. A sensação de pertencimento faz com que o aluno entenda que a escola é dele”, expõe Santana.
O diretor adjunto contou ainda que, a partir da avaliação estadual da proficiência, os professores passaram a trabalhar de maneira coletiva, com ações que envolvem os aspectos cognitivos. Na Edmilson Pontes, a nota do Ensino Fundamental no Ideb 2017 é de 5,0 pontos.
Programação
O worskhop do Programa Escola 10 terá continuidade nesta quarta-feira (24), desta vez com experiências voltadas ao ensino médio.
Veja também
Últimas notícias

Colisão entre moto e carro deixa vítima ferida na rodovia AL-220, em Arapiraca

Mulher é presa por tentar matar o companheiro no município de Igreja Nova

Homem que teria matado o próprio filho espancado é encontrado morto em Coruripe

Estudantes de Medicina da Ufal visitam Núcleo de Epidemiologia do HEA

Vídeo mostra mulher pedindo socorro após ser esfaqueada na Uneal, em Arapiraca

Chacina em Estrela de AL pode ter sido motivada por ciúmes; vítimas foram mortas a facadas
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
