Lava Jato 64 chega ao pré-sal e mira rombo de R$ 6 bilhões
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo e do Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira, 23, a 64ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pentiti, para apurar supostos crimes de corrupção envolvendo o Banco BTG Pactual e a Petrobras na exploração do pré-sal e "em projeto de desinvestimento de ativos" na África. Entre os alvos da operação estão a ex-presidente da estatal, Graça Foster e o executivo do banco, André Esteves.
De acordo com a corporação, os supostos crimes podem ter causado prejuízo de ao menos US$ 1,5 bilhão, o que equivaleria a cerca de R$ 6 bilhões de reais hoje.
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo (3) e do Rio de Janeiro (9), entre eles a sede do Banco BTG na capital fluminense. A operação não cumpre ordens de prisão.
As medidas foram autorizadas pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná.
A operação apura crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais relacionadas a recursos contabilizados na planilha "Programa Especial Italiano" gerida pela Odebrecht. A PF visa os identificar beneficiários da lista e apurar como se davam as entregas de valores ilícitos a autoridades.
Segundo a PF, a investigação trata de fatos de diferentes inquéritos policiais e foi impulsionada pelo acordo de colaboração premiada do ex-ministro Antônio Palocci.
Trata-se da segunda operação da força-tarefa nesta semana. Na quarta, 21, a Polícia Federal deflagrou a Carbonara Chimica, fase 63 da Lava Jato, para investigar a suspeita de pagamento de propina a dois ex-ministros dos governos Lula e Dilma por parte da Odebrecht. A operação também envolveu a planilha "Programa Especial Italiano", na qual Palocci era tratado como "Italiano" e Guido Mantega como "Pós-Itália".
O nome da operação realizada nesta sexta, Pentiti, significa "arrependidos", segundo a PF, e faria referência "a termo empregado na Itália para designar pessoas que integraram organizações criminosas e, após suas prisões, decidiram se arrepender e colaborar com as autoridades para o avanço das investigações".
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