APM e Ifal produzem vídeo com instruções sobre abordagem a pessoas surdas
Projeto iniciado em disciplina do Curso de Formação de Oficiais foi premiado durante congresso acadêmico do Instituto Federal
A Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello (APMSAM), por meio de um grupo de cadetes, em parceria com o Campus Maceió do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), produziu um vídeo com orientações a pessoas surdas e policiais para serem observadas durante as abordagens feitas pelas guarnições da Corporação. O trabalho também contou com o apoio de estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
A ação surgiu de um projeto desenvolvido durante as instruções da disciplina da Língua Brasileira de Sinais (Libras) do 1º ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO) sob a orientação da professora Danielly Caldas, que também ministra instruções no Campus Maceió do Instituto Federal. O projeto “Mãos na cabeça: uma proposta de abordagem policial a surdos” é um vídeo produzido com o objetivo de promover informação, inclusão social e buscar uma melhor prestação de serviço à sociedade como um todo.
“Durante a execução do projeto nós tivemos várias etapas. Uma delas foi pensar em como fazer essa abordagem em Libras, pois não bastava só interpretar o que é falado oralmente pelo policial e sim adequar a técnica. É comum na abordagem, o policial solicitar inicialmente que as pessoas se virem, mas como o surdo tem como base o contato visual a gente precisou ajustar, pendido inicialmente que eles colocassem a mão na cabeça, antes mesmo de virar”, afirmou a professora Danielly.
A especialista enalteceu ainda que durante o trabalho foi feita uma avaliação sobre a importância da execução de sinais objetivos e curtos.
“É aquela primícia de que o policial precisa ser objetivo naquele momento, comandos curtos. A gente precisava de uma sinalização curta também, que pudesse fazer valer o que é falado oralmente”, disse ela.
No vídeo, os próprios cadetes da PM simulam uma abordagem mostrando desde o primeiro contato até a consulta e posterior liberação das pessoas. No final, chama-se à atenção dos surdos para que durante a abordagem policial sempre mantenham a calma, mãos à mostra e portem documentos de identificação.
“A atividade prática é extremamente eficiente e gratificante para uma formação e isso claro tem ajudado no aperfeiçoamento do que nos é repassado no CFO. Além de ajudar na formação, com o vídeo a gente dissemina um padrão de abordagem tanto para os militares, que já atuam nas ruas e acabam não lembrando do que é repassado na APM ou no CFAP [Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças], quanto para os próprios surdos, usando sinais simples, mas com informações bastante eficientes”, afirmou o cadete Raphael Alécio, que foi um dos militares que participou do projeto.
O vídeo, que foi produzido ainda com o apoio da Assessoria de Comunicação da PM, chegou a ser bastante elogiado durante sua apresentação na mostra de extensão do Ifal e premiado no Congresso Acadêmico da instituição. O trabalho ainda foi apresentado no III Encontro Regional das Licenciaturas e será parte de um artigo que deve ser apresentado durante um evento em Florianópolis, em Santa Catarina, no ano que vem.
“Este novo artigo é a partir da fala dos próprios militares em relação ao vídeo. Como é que eles avaliam esse vídeo, qual a contribuição, a eficácia no dia a dia. Então a gente vai começar fazer esse levantamento para que possa ser apresentado na Universidade Federal de Santa Catarina em um evento que é bem tradicional na área”, finalizou Danielly Caldas.
Confira o vídeo acessando aqui.
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