Relatório aponta casos de ataques a jornalistas em Alagoas
Estado ficou na segunda colocação da região Nordeste

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) publicou nesta quinta-feira (16) o seu relatório anual que aponta os casos de agressões a jornalistas e censura contra a imprensa no ano de 2019. “Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil” traz dois casos em Alagoas e destaca que os números aumentaram em todo o país após declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O primeiro caso em Alagoas, envolveu o procurador de Estado Márcio Guedes, que é também graduado em Jornalismo, onde chamou os jornalistas alagoanos de “vagabundos”, em uma publicação em seu perfil pessoal no Facebook.
“Já disse e os vagabundos dos jornalistas alagoanos não querem ouvir. Pinheiro é a Mariana e Brumadinho de AL”, disse.
O segundo caso, envolveu a jornalista Viviane Chaves, assessora de imprensa da Prefeitura de Rio Largo, foi constrangida pelo promotor de Justiça do MPE/AL, Cláudio Malta, durante evento sobre campanha de combate ao abuso sexual de menores. Ela perguntou ao promotor se a Prefeitura estava de parabéns pela parceria com o MP na campanha.
O promotor respondeu em voz alta: “Respeite-me, eu sou uma autoridade. Eu não tenho que estar enaltecendo nenhuma Prefeitura; e não permito que você publique qualquer coisa sem a minha devida permissão sobre essa entrevista; peça-me desculpas. Não gostei de sua conduta; respeite-me; pois eu sou autoridade.”
O Sudeste mantém-se como a região brasileira em que mais ocorreram casos de violência direta contra jornalistas, repetindo tendência registrada nos últimos seis anos. Em 2019, foram registradas 44 ocorrências na região, representando 46,81% do total de 94 agressões.
No Nordeste do país ocorreram 11 casos de agressões diretas contra jornalistas (11,7%). Entre os estados da região, o Ceará continua sendo o mais violento para a categoria, com sete casos.
Os jornalistas do sexo masculino são maioria entre as vítimas de violência em decorrência do exercício profissional. Esta tendência, registrada desde a década de 1990, foi mantida novamente em 2019, quando 59 jornalistas do sexo masculino foram agredidos (49,16% do total).
Os políticos foram os principais autores de ataques a veículos de comunicação e jornalistas. Eles foram responsáveis por 144 ocorrências (69,23% do total), a maioria delas tentativas de descredibilização da imprensa (114), mas também 30 casos de agressões diretas aos prossionais.
O presidente Jair Bolsonaro, sozinho, atacou a imprensa e jornalistas 121 vezes, o equivalente a 58,17% do total de 208 casos. Ele foi o responsável pelos 114 casos de tentativa de descredibilização da imprensa e por sete agressões diretas a um profissional (cinco agressões verbais, uma ameaça e uma intimidação).
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