O Ministério Público do Trabalho (MPT) planeja realizar nova audiência entre a diretoria da Veleiro e os representantes dos mais de 600 trabalhadores da empresa.

A procuradora do MPT Adir de Abreu, responsável por investigar os atrasos salariais e de outros encargos devidos, deverá convocar representantes da Veleiro e dos trabalhadores para buscar uma proposta satisfatória que resulte na mediação do conflito. Caso não haja uma solução por parte da empresa, o órgão trabalhista deverá ajuizar ação civil pública para buscar a reparação dos danos na justiça.

O Sindicato dos Empregados em Transportes Rodoviários (Sinttro/AL) informou que a Veleiro deixou de pagar aos empregados os salários da segunda quinzena de dezembro, o tíquete alimentação de janeiro, o terço constitucional referente a férias e não repassou a pensionistas os valores de pensão alimentícia descontados das contas dos empregados.

Ainda segundo relatos dos trabalhadores, a empresa deixou de efetuar os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – há casos de trabalhadores sem depósito há seis anos.

Além da denúncia da falta de pagamento de obrigações trabalhistas, os funcionários da Veleiro denunciaram que foram vítimas de assédio moral.