Projetos que ajudam comunidades no combate à doença podem receber recursos
A pandemia do coronavírus ameaça principalmente negros.

A pandemia do coronavírus ameaça principalmente negros. Os dados demográficos do Brasil comprovam que a maioria das pessoas que residem em favelas e comunidades (13,6 milhões de brasileiros), onde o risco de contaminação é maior, é negra.
Índices de doenças que favorecem uma evolução mais graves da Covid-19, como hipertensão e diabetes, são mais elevados entre os negros. Juntos, esses fatores colocam os negros entre os que estão em maior risco de infecção, adoecimento e morte pelo coronavírus. Eles representam 80% dos pacientes atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Além da preocupação com a saúde, essas famílias viram a renda familiar diminuir nas últimas semanas por causa da interrupção da atividade econômica causada pelo novo vírus.
“A pandemia da Covid-19 poderá agravar ainda mais a desigualdade racial no Brasil, em suas vertentes individual, sociocultural, ambiental e econômica e é isso que precisamos evitar com ações emergenciais rápidas e efetivas. Porém o grande desafio continua sendo enfrentar o racismo estrutural que perpetua a exclusão”, destaca Selma Moreira, diretora do Fundo Baobá para Equidade Racial.
Para amenizar os efeitos da pandemia entre os negros, o Fundo lançou um edital para apoiar projetos de pessoas e organizações comprometidas com a equidade racial e que estejam ajudando comunidades no combate ao coronavírus.
O Fundo Baobá é filantrópico e mobiliza pessoas e recursos, no Brasil e no exterior, para o apoio exclusivo a projetos e ações de promoção da equidade racial para a população negra no país.
De acordo com Selma Moreira, cada projeto selecionado receberá até R$ 2,5 mil. O fundo espera captar até R$ 2 milhões, dos quais R$ 600 mil já estão disponíveis. Podem participar organizações sem fins lucrativos ou pessoas físicas. As inscrições ficarão abertas enquanto for necessário, informa a entidade.
Serão selecionadas propostas para a prevenção ao coronavírus de indivíduos e organizações comprometidos com a equidade racial que atuem junto a comunidades periféricas e outros territórios de vulnerabilidade, às populações em situação de rua ou residentes em áreas remotas de todas as regiões do país.
Este edital vai além da filantropia tradicional ao apoiar e fortalecer organizações e pessoas que já trabalham em prol da equidade racial. Ou seja, não se trata apenas de doações, mas também de contribuir para a resiliência das comunidades e de fortalecer suas lideranças”, explica Selma.
Para receber o apoio emergencial, os interessados devem preencher o formulário de requerimento, detalhar a comunidade a ser beneficiada, a necessidade que motiva o pedido, os resultados esperados, as ações a serem realizadas e uma estimativa de orçamento.
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