Militares se veem traídos após saída de Moro e discutem se seguem com Bolsonaro
Os militares, tanto da ativa quanto do governo, já haviam ficado contrariados com a presença de Bolsonaro em um ato que pedia um golpe, no último domingo (19)
Com a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública na manhã desta sexta-feira (24), a ala militar do governo Jair Bolsonaro entrou em crise e a retirada do apoio ao presidente é uma das hipóteses que, caso seja concretizada, pode até levar a uma renúncia.
Pelo menos dois fatos contrariaram os militares e fizeram com que a pressão de setores importantes da cúpula da ativa se elevasse sobre seus enviados ao governo.
Em primeiro lugar está a publicação no Diário Oficial da exoneração do diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, sem consulta aos fardados. Ainda na quinta-feira (23), os generais tentaram achar uma maneira de Moro permancer no governo, contudo se viram traídos com a atitude do presidente.
Outro fato foi o tom do pronunciamento de Moro na sua despedida. Uma fonte direta da ala militar informou que os generais ficaram estarrecidos com a acusação explícita de interferência política na Polícia Federal.
Os militares, tanto da ativa quanto do governo, já haviam ficado contrariados com a presença de Bolsonaro em um ato pedindo um golpe na frente do quartel-general do Exército no domingo (19), dia da Força.