Política

Políticos alagoanos se posicionam a favor do adiamento do Enem

Luciano Barbosa e Marcelo Beltrão destacam prejuízos com a manutenção do calendário de provas

Por Berg Morais 13/05/2020 17h05
Políticos alagoanos se posicionam a favor do adiamento do Enem
Vice-governador e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa - Foto: Ascom

A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem provocado o posicionamento de políticos alagoanos e causado preocupação em estudantes que estão fora das salas de aula por conta da pandemia de coronavírus. Os prejuízos chegam a ser incalculáveis para aqueles que almejam uma vaga em curso superior.

O secretário estadual da Educação e vice-governador, Luciano Barbosa, usou suas redes sociais para defender o adiamento do Enen e destacou o alto número de casos de Covid-19 em Alagoas como justificativa.

“É absurdo no meio dessa pandemia, num país tão desigual, onde as famílias mais vulneráveis não possuem condições de garantias de aprendizagem para seus filhos, o MEC teima em fazer de conta q nada está acontecendo e queira, teimosamente, manter o calendário do ENEM. #AdiaEnem”, disse Barbosa no twitter.

O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa Estadual, deputado Marcelo Beltrão, entende que a manutenção do calendário do Enem em 2020 é um erro que fere o objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior.

 “Fere o objetivo de democratizar o acesso às universidades, já que muitos estudantes não estão tendo aulas e, nas escolas públicas que estejam sendo realizadas aulas virtuais, muitos alunos não conseguem assistir por não terem acesso à internet. Além disso, a avaliação fica comprometida porque o nível de conhecimento também fica prejudicado por conta da pandemia. Uma disputa por vagas extremamente desleal”, destaca o parlamentar.

As inscrições para o Enem foram iniciadas na última segunda-feira (11) e vão até o dia 22 de maio, conforme anúncio feito pelo Ministério da Educação, que defende a manutenção do cronograma de provas.

No entanto, há uma resistência muito grande por parte de representantes do segmento educacional de que nem todos os estudantes têm condições de manter os estudos durante a pandemia ou nem sequer têm acesso às ferramentas necessárias para o ensino a distância, como celular e computadores com acesso à internet.