O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) concedeu, nessa quinta-feira (04), habeas corpus aos advogados Fidel Dias de Melo Gomes, Hugo Soares Braga e Ruan Vinícius Gomes de Lima, presos por envolvimento em um esquema de transferência de presos, durante investigações da operação “Bate e Volta”, deflagrada pela Polícia Civil.

Fidel Dias e Ruan Vinícius estavam presos desde a última quarta-feira (03), em uma cela especial no Presídio Baldomero Cavalcanti. Já Hugo Soares, filho do juiz José Braga Neto, que estava foragido, se entregou ontem, mas não chegou a ir para o sistema prisional. Por outro lado, Rossemy Alves Doso permanece detido.

No habeas corpus de Fidel Gomes, o desembargador Washington Luiz explica que diante da situação de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o advogado deveria cumprir prisão domiciliar, visto “que o paciente é primário, tem residência fixa e é pai de uma criança de apenas 6 (seis) meses, sendo o provedor da família”.

Já quanto a Hugo Braga e Ruan Vinícius, o desembargador considerou o argumento da defesa de que a prisão preventiva deve ser decretada “em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público”, o que, segundo a defesa, não ocorreu.

As investigações

Segundo a Polícia Civil, o grupo é acusado de tráfico de influência e associação criminosa. Eles atuavam para obter prováveis decisões favoráveis a transferência de presos do Presídio do Agreste para as demais unidades prisionais do estado, onde a vigilância é menos rígida.

As prisões foram efetuadas em cumprimento a mandados expedidos pela 10ª Vara Criminal da Capital.