Esquema entre advogada e servidor de Fórum foi denunciado por juiz
Servidor do Judiciário teria favorecido processos na cidade de Paripueira
Partiram do juiz da comarca de Paripueira as denúncias que embasaram a operação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (18), que resultou na prisão de uma advogada e de um servidor do Poder Judiciário.
A operação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Paripueira apura o envolvimento dos acusados em vários crimes, dentre eles, o de corrupção ativa e passiva.
A investigação teve início em dezembro do ano passado e foi a instaurada após o então juiz da cidade desconfiar da conduta profissional do servidor que trabalha na vara da qual ele era titular. Com base nas informações repassadas pelo magistrado, o Ministério Público começou a apuração.
No decorrer da investigação, escutas telefônicas comprovaram que o funcionário público e a advogada agiam ilegalmente para que a mesma tivesse prioridade no andamento daqueles processos de seu interesse.
Inclusive, há registros de várias ações que deveriam ter sido ajuizadas por ela e que, para surpresa dos promotores de justiça, tinham sido peticionadas pelo próprio servidor. Ou seja, a relação entre os dois era de tanta confiança e cumplicidade que o funcionário dava entrada nos documentos como se fosse a advogada.
Em troca do trâmite privilegiado, o servidor era recompensado. “E tal recompensa vinha em forma de dinheiro, com 50% dos honorários sendo destinados ao funcionário, e isso configura corrupção ativa e passiva”, explicou Ary Lages, que atua como promotor de justiça substituto em Paripueira.
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