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Presidente das Filipinas diz que país 'estaria na merda' se seguisse Brasil

Para o polêmico líder filipino, seu país é "pobre" e não poderia arcar com uma reabertura em meio a alta de novos casos da doença

Por Uol Notícias 10/07/2020 09h09
Presidente das Filipinas diz que país 'estaria na merda' se seguisse Brasil
Presidente das Filipinas diz que país 'estaria na merda' se seguisse Brasil - Foto: AP

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, deu uma entrevista nesta quinta-feira (09) em que afirmou que seu país "estaria em uma grande merda" se seguisse os Estados Unidos e o Brasil na gestão da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Para o polêmico líder filipino, seu país é "pobre" e não poderia arcar com uma reabertura em meio a alta de novos casos da doença, como fazem Donald Trump e Jair Bolsonaro.    

"Nos EUA e no Brasil, os presidentes são corajosos. Bolsonaro tem dinheiro, ele é tipo o Trump, com a atitude 'que o diabo os carregue'. Nós somos pobres. Não podemos permitir um pandemônio total. Se nós seguíssemos os exemplos de outros países, reabrir toda a economia e milhares e milhares de novos casos acontecessem, nós estaríamos em uma grande merda", disse Duterte conforme o portal "Vice".

Segundo o presidente, a coisa mais importante é que as Filipinas "não têm dinheiro suficiente para lidar com a pandemia" e que é necessário ser bem preciso ao reabrir toda a economia. "Agora, o que realmente aconteceu nesses países [Brasil e EUA] é que eles abriram as suas economias para que o dinheiro chegasse aos cofres do governo e tiveram um pico [de casos]. Eles enfrentam problemas com recaídas", afirmou ainda segundo o portal. 

Duterte é normalmente comparado com Trump e Bolsonaro por ser um representante da extrema-direita, com posições bastante polêmicas em diversos campos. Na pandemia, por exemplo, ele impôs uma dura quarentena com a prisão de quem fosse flagrado furando o isolamento social. 

Até a manhã desta sexta-feira (10), as Filipinas registram 52.914 casos de Covid-19 e 1.360 mortes, conforme dados do Centro Universitário Johns Hopkins. (ANSA).