'Prévia' do PIB sobe pelo 3º mês e tem alta de 2,15% em julho
Indicador, porém, aponta contração do PIB de 5,77% nos primeiros sete meses de 2020 e queda de 2,90% nos últimos 12 meses até julho
A economia brasileira cresceu pelo terceiro mês seguido em julho, segundo números divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), apontou crescimento de 2,15% em julho, na comparação com junho. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de "compensação" para comparar períodos diferentes.
Na comparação com julho do ano passado, porém, o indicador registrou uma contração de 4,89%, informou o Banco Central.
Os resultados do IBC-Br, neste ano, refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.
Com o crescimento, o indicador atingiu 130,85 pontos em julho, mas ainda permaneceu abaixo do patamar de antes da pandemia do novo coronavírus, em fevereiro (140 pontos).
Também foi registrada desaceleração no ritmo de alta na comparação com o mês anterior (junho), quando a economia avançou 5,32%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, de acordo com a instituição, o índice de atividade econômica do BC registrou uma redução de 5,77% - sem ajuste sazonal.
Em 12 meses até julho de 2020, os números do Banco Central indicam uma queda de 2,90% na prévia do PIB – também sem ajuste sazonal.
Segundo dados do IBGE, o PIB registrou queda histórica de 9,7% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, devido ao impacto da crise do coronavírus.
Previsões para a economia
Os economistas das instituições financeiras projetaram, na semana passada, uma queda de 5,11% para o resultado do PIB e 2020.
Em julho, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020.
O Banco Mundial prevê uma queda de 8% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 9,1% em 2020.
PIB x IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cautela na análise de novos cortes de juros.
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