Ato de profissionais da enfermagem ocupa Avenida Fernandes Lima
Categoria protesta contra implantação da jornada 12x36h sem a folga semanal
Profissionais da enfermagem das redes privada e filantrópica decidiram fechar a Avenida Fernandes Lima, em Maceió, nesta quarta-feira (07), em protesto contra a imposição da implantação da jornada 12x36h sem a folga semanal. Nas primeiras horas da manhã, a categoria havia se reunido na Praça Centenário.
Com uso de faixas e distribuição de panfletos, a categoria denuncia a adesão da jornada, prática considerada irregular pelas leis trabalhistas em vigência no país.
Com a implantação da jornada, auxiliares, técnicos e enfermeiros passariam a trabalhar 36 horas semanais, elevando a carga horária 144 para 180 horas mensais, sem direito a folgas semanais ou feriados.
Por conta do ato, o trânsito em uma das principais avenidas de Maceió segue congestionado.
Empresas recorrem da decisão da Justiça
Embora o Tribunal Superior do Trabalho (TST) tenha decidido que a implantação da jornada de 12x36h só seria válida para novos contratos, as empresas de saúde representadas pelo Sindicato dos Hospitais, recorreu da decisão. A reforma trabalhista prevê a mudança, mas a Lei diz que ela só pode ser aplicada através de acordo firmado com a participação do Sindicato.
“Apesar da Lei prevê, as empresas seguem coagindo os profissionais a assinar a concordância com a aplicação da jornada, gesto ilegal e imoral, pois submeter o trabalhador a tal medida é um risco para a saúde do profissional e dos pacientes por ele atendidos. A responsabilidade desse absurdo é da empresa, que trata o auxiliar e o técnico em enfermagem de maneira humilhante, quando os expõe a condições tão degradantes e ainda querer exigir uma sobrecarga danosa a saúde de maneira geral”, denuncia o presidente do Sateal, Mário Jorge.