Política

Para Bolsonaro, pandemia “está acabando” e Doria quer vacina “na marra”

O presidente chama governador de São Paulo de autoritário e diz que o tucano tem pressa para aplicar o imunizante sem eficácia comprovada

Por Metrópoles 30/10/2020 17h05 - Atualizado em 30/10/2020 18h06
Para Bolsonaro, pandemia “está acabando” e Doria quer vacina “na marra”
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) - Foto: IGO ESTRELA/METRÓPOLES

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (30/10) que a pandemia do novo coronavírus “está acabando” e voltou a criticar a pressa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de comprar uma vacina contra a Covid-19.

Segundo o presidente, Doria quer reivindicar o mérito de ter achado uma solução para a pandemia, o que, na opinião do chefe do executivo federal, ocorrerá mesmo sem o imunizante.

“Está acabando a pandemia, acho que ele quer vacinar o pessoal na marra rapidinho, porque vai acabar e ele fala: ‘Acabou por causa da minha vacina’. Tá ok? O que está acabando é o governo dele, com toda certeza”, disse o presidente a seus apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada. Ele viajou nesta sexta para o Guarujá, com rápida parada em São Paulo.

No Brasil, a doença já matou mais de 159 mil brasileiros.

Bolsonaro voltou a chamar Doria de “autoritário” por defender a obrigatoriedade da vacina. Segundo o presidente, o governador tucano quer aplicar o imunizante sem uma comprovação de eficácia.

“Não quero criticar ninguém lá, mas eu vejo que tem um governador lá um tanto quanto autoritário, até (quer) dar vacina na marra na galera. O que eu vejo na questão da pandemia? Está indo embora. E isso já aconteceu, a gente vê em livros de história. Ele quer acelerar uma vacina agora, falou que ia vacinar os 46 milhões (de paulistas)…Não tem autoridade para isso. No meu entender, é uma arbitrariedade. Eu não sei que adjetivo daria para quem quer na marra, já fala em aplicar uma vacina que ninguém ainda falou que está 100% comprovada cientificamente”, disse Bolsonaro.

“Não é como a hidroxicloroquina, que está há mais de 70 anos no Brasil”, insistiu o presidente.