Em 15 de 25 capitais, eleitores desejam mais mudança que continuidade na administração do município, segundo o Ibope
Dados fazem parte da segunda rodada de pesquisas do instituto. Para especialista, preferência pela mudança amplia as chances de candidatos de oposição.
Com mais de um mês de campanha, já é possível saber que nesta eleição a maioria da população das capitais deseja mudanças. Dados tabulados pelo G1 a partir das pesquisas aplicadas pelo Ibope em 25 delas mostram que em 15 o percentual dos eleitores que desejam mudanças é superior ao grupo dos que preferem manter o que é feito pela atual administração do município.
Apenas em São Luís (MA) não foi feita essa pergunta na segunda rodada de pesquisas Ibope. A pergunta feita pelo Ibope foi: "Pensando agora na maneira de administrar, o(a) sr(a) pessoalmente gostaria que fosse eleito para prefeito um candidato que". E foram dadas as seguintes opções: "mudasse totalmente a administração do município", "mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa", "fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa", "desse total continuidade à administração".
O maior percentual de eleitores que preferem a mudança é registrado no Rio de Janeiro, capital cujo prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), que concorre à reeleição, também apresenta alto percentual de rejeição.
Para 73% dos cariocas, o próximo prefeito deve mudar “totalmente a administração do município” ou manter “só alguns programas e mudar muita coisa”. Apenas 21% dizem que o prefeito eleito deve fazer “poucas mudanças e dar continuidade para muita coisa” ou “dar total continuidade à administração atual”.
O alto percentual de eleitores que querem a mudança foi registrado também em capitais do Nordeste, como Maceió, João Pessoa, Teresina, Recife, Fortaleza, Aracaju e Natal. No outro extremo, estão capitais com altos índices de eleitores que desejam continuidade das políticas da atual gestão, caso de Salvador (60%), Boa Vista (57%) e Florianópolis (56%), além de Curitiba e Belo Horizonte.