Economia

13º salário deve injetar mais de R$ 1 bilhão na economia de Alagoas

Valor engloba a soma de servidores estadual e federal e a média dos rendimentos dos trabalhadores

Por Assessoria 13/11/2020 12h12
13º salário deve injetar mais de R$ 1 bilhão na economia de Alagoas
Calçadão do Centro de Maceió - Foto: Fecomércio AL

O Instituto Fecomércio AL, com base em dados oficiais veiculados em plataformas do governo estadual e federal, estima que o 13º salário deve injetar, aproximadamente, R$ 1,123 bilhão na economia de Alagoas. O valor engloba a soma de servidores estadual e federal e a média dos rendimentos dos trabalhadores formais.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, o volume trará um alento às empresas que, neste ano, enfrentaram um cenário econômico desafiador devido à pandemia do Covid-19 (coronavírus). “Se o final de ano já é um período bem aguardado pelas empresas, pois a injeção do 13º salário dos trabalhadores e as festas de final de ano aquecem as vendas, neste ano de 2020 a expectativa é ainda maior, principalmente para os segmentos que ficaram meses com as portas fechadas devido à pandemia”, avalia.

Valores


Segundo dados do Portal da Transparência de Alagoas, entre servidores ativos e inativos, o 13º deve injetar cerca de R$ 278 milhões. São 33 mil servidores inativos, sejam aposentados ou pensionistas, e 43 mil servidores ativos. “Esse dinheiro irá ajudar na redução de dívidas, reserva para os tradicionais impostos de janeiro e, também, para consumo em festas de confraternização e presentes para amigos e parentes”, estima Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.

Na esfera federal, são 15 mil servidores em Alagoas, segundo o Painel Estatístico de Pessoal, o que deve movimentar mais R$ 310 milhões a economia de Alagoas. Já sobre trabalhadores formais celetistas, o estoque de empregos atual é de 345.905. “Mas diferentemente de servidores públicos, onde existem planilhas com a remuneração de cada servidor, nos permitindo estimar com precisão, com trabalhadores formais celetistas isso não é possível. Portanto, utilizamos a renda média habitual do trabalho divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua”, explica o economista. Assim, considerando que no segundo trimestre a renda média ficou em R$ 1.549, é possível estimar que o 13º salário destes trabalhadores movimente R$ 535 milhões.

Com isso, somando-se o número de servidores ativos e inativos do estado, de servidores federais em Alagoas e a média dos rendimentos dos trabalhadores formais, o 13º salário deve injetar, aproximadamente, R$ 1,123 bilhão em todo o Estado. “Particularmente na capital, ainda podemos considerar os 19 mil servidores ativos da Prefeitura de Maceió, que devem receber cerca de R$ 84 milhões”, acrescenta Felippe, explicando que o montante geral certamente será maior porque ficaram de fora do cálculo os servidores públicos dos demais municípios de Alagoas, já que nem todos possuem um Portal da Transparência atualizado.

Na avaliação dele, embora a pandemia tenha afetado o orçamento de muitas famílias, os níveis de endividamento e inadimplência da capital estão, desde outubro, no menor patamar dos últimos 12 meses. “Isso pode significar que o orçamento familiar esteja mais livre para aquisição de bens e serviços e ajudar a movimentar bem a economia”, observa.