Maceió

Instabilidade do solo: Prefeitura de Maceió avalia interditar ladeira do Calmon

Interdição, de forma definitiva, deve ocorrer após evacuação de moradores

Por 7Segundos 26/01/2021 09h09 - Atualizado em 26/01/2021 10h10
Instabilidade do solo: Prefeitura de Maceió avalia interditar ladeira do Calmon
Ladeira do Calmon - Foto: Secom Maceió

A ladeira do Calmon, via que liga o bairro de Bebedouro à parte alta de Maceió, será totalmente interditada devido à instabilidade do solo na região, em virtude da exploração de sal-gema pela Braskem. A interdição, de forma definitiva, deve ocorrer quando o trabalho de realocação dos imóveis da área de entorno for completamente concluído e a área evacuada.

Em entrevista ao radialista Angelo Farias, da Rede Antena7, o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) da Prefeitura de Maceió, Ronnie Mota, considerou o bairro de Bebedouro como sendo um dos mais afetados pela mineração.

"Nós do Gabinete de Gestão Integrada juntamente com a Defesa Civil, desde o dia 1º de janeiro, estamos fazendo diariamente o monitoramento de todas as vias e implementação dos novos mapas, constatando uma movimentação na ladeira do Calmon, mas isso está sendo estudado", informou.

A decisão para a interdição da ladeira do Calmon foi reforçada após a divulgação da versão atualizada do Mapa de Ações Prioritárias, com a ampliação das áreas de monitoramento dos bairros afetados por rachaduras provocadas pela exploração de sal-gema, no último dia 11 de dezembro. Todos estudos de vias alternativas e de acesso estão sendo implementados pelo GGI e a Defesa Civil.

"O nível de criticidade da ladeira do Calmon não implica o imediato fechamento. Nós iremos fazer, de forma paulatina, um desfluxo e a descontinuidade de veículos de cargas pesadas até o fechamento, de forma ordenada. Estamos estudando várias vias de acesso. Portanto, só vamos tomar uma posição definitiva quando tivemos uma via alternativa e a certeza de que o fechamento é a melhor solução", tranquilizou Mota.