Saúde

Ayres ressalta capacidade de transmissão da variante: “As pessoas precisam colaborar”

Secretário estadual de Saúde realizou entrevista coletiva nesta quinta

Por Tais Albino e Felipe Guimarães* 18/02/2021 12h12
Ayres ressalta capacidade de transmissão da variante: “As pessoas precisam colaborar”
Alexandre Ayres durante coletiva sobre variante da Covid-19 em Alagoas - Foto: Felipe Guimarães / 7Segundos

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, realizou entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (18), sobre a aparição de dois casos da variante P.1 da SARS-CoV-2, identificada inicialmente em Manaus, no interior da Alagoas. O estado é 11° do Brasil a identificá-las, através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“É uma mutação que, comprovadamente, possui uma transmissão mais acentuada. No entanto, não há necessidade de pânico. O que estamos debatendo aqui é que as pessoas precisam continuar com as medidas de prevenção”, afirmou.

Os casos identificados em Alagoas são de duas mulheres de 36 anos e 64 anos, que residem em Viçosa e Anadia, respectivamente. Foi constatado que apenas uma delas tem histórico de viagem para o Amazonas, estado onde se originou a variante. Uma delas já está recuperada em casa e a outra segue internada em um leito clínico de um hospital particular.

Ayres ressaltou que não há comprovação que a variante seja mais letal, apenas mais transmissível. Também disse que o Estado tem acompanhado a ocupação dos leitos exclusivos de Covid-19.

“Do dia 13 de fevereiro até o dia 17, foram 80 pessoas internadas com o vírus, sendo 30 delas em leitos de UTI. Temos feito muito esforço para ampliar a capacidade; a velocidade do vírus não pode ser mais rápida que a nossa. O número vem crescendo e estamos preparados para ampliar essa rede. O mês de março exige muita atenção”.

No momento, o Governo de Alagoas não cogita mudanças de fase no Plano de Distanciamento Social controlado, mas segue observando os números e o avanço da doença em outros estados. “Ninguém tem interesse de atrapalhar funcionamento de economia, dos comerciantes, mas a população precisa entender seu papel”.