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Preço alto da gasolina obriga motoristas a abastecer menos na capital

7Segundos conversou com consumidores e checou preços em Maceió

Por 7Segundos 15/03/2021 11h11 - Atualizado em 15/03/2021 13h01
Preço alto da gasolina obriga motoristas a abastecer menos na capital
Motoristas abastecem em posto de combustível na capital - Foto: Felipe Guimarães

Após o novo aumento no preço dos combustíveis proposto pela Petrobrás no início deste mês, enfrentar essa nova realidade tem se tornado uma batalha difícil para os usuários de transportes particulares e para os motoristas de aplicativo.

A média dos preços encontrados em Maceió, nesta segunda-feira (15), está em torno de R$5,60 por litro de gasolina. Em um posto localizado na parte baixa da cidade, os valores chegam a variar entre R$5,79 e R$5,80, enquanto outros combustíveis como Etanol e Diesel, estão em torno de R$4,40 e 4,60, respectivamente.

Para o motorista de aplicativo, Carlos André, a atual situação do país é um “absurdo”. Segundo ele, a cada dia se abastece menos

“É um absurdo, né, o que você vê aí. Eu acho que em torno de um mês, um mês e meio, aumentou duas ou três vezes a gasolina, álcool e o diesel também. É tudo indo pela contramão, né? Estamos vivendo numa pandemia e o dinheiro não circula, temos o desemprego também e vai tudo na contramão. É um absurdo”, relatou.


Questionado se conseguiria abastecer o tanque de seu veículo, o motorista alegou estar enfrentando dificuldades. Sem dar muitos detalhes sobre sua condição financeira, Carlos alegou estar evitando gastar muito nesse aspecto.

“Hoje em dia você tem que abastecer menos, porque se não dá muito alto. Depois que começou a aumentar eu comecei a rodar pouco para evitar gasto, não compensa nem rodar com o aplicativo, você tem uma tarifa muito baixa e uma tarifa lá em cima”, comentou.

Já o professor universitário Ronaldo de Andrade, alega estar gastando entre R$200 e R$250 reais para abastecer o seu veículo. Na sua visão, o governo estadual e o federal deveriam andar alinhados para enfrentar esta problemática.

“Acho péssimo [o preço da gasolina], acho alto demais. Acho que o governo deveria colaborar com o governo federal, é uma coisa inadmissível. Nunca vivenciei uma política de tentativa de baixa de preço e uma contra ação de quem ficou para lutar pelos os alagoanos e não luta”, comentou.

De acordo com a Petrobrás, o aumento dos valores este mês foram baseados no valor dos produtos no mercado internacional e na taxa de câmbio.

“Importante ressaltar também que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, destacou a empresa em uma nota divulgada no início de março.