MPE quer relatório de gastos com ações de combate à Covid em Maceió
O valor recebido da União para o enfrentamento da pandemia foi de R$ 47,7 milhões
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE) requisitou à Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) a prestação de contas dos gastos relacionados à Covid-19 de todo o ano de 2020.
Também foram solicitados o processo e todas as informações referentes a aquisição de um software para a realização de cadastros. O valor recebido da União para o enfrentamento da pandemia foi de R$ 47,7 milhões.
A requisição foi feita nessa segunda-feira (15) pela 16ª Promotoria de Justiça da capital, com atribuição para atuar na área da Fazenda Pública Municipal.
De autoria do promotor de Justiça Marcus Rômulo Maia de Mello, o procedimento foi instaurado ano passado para fiscalizar os recursos transferidos pela União para o município de Maceió. Agora, o MPE quer saber mais detalhes sobre as despesas da gestão pública com locação de equipamentos, aquisição de medicamentos e despesas com recursos humanos.
Além disso, chamou a atenção do Ministério Público o pagamento de altos valores a hospitais privados da capital alagoana. E tudo foi pago com verba depositada no Fundo Municipal de Saúde.
R$ 47 milhões
O valor total repassado pelo governo federal ao município de Maceió foi de R$ 47,7 milhões em 2020. Tal verba tinha que ser empregada em ações de enfrentamento a pandemia ocasionada pela Covid-19. Segundo as primeiras informações repassadas pela Prefeitura de Maceió, a maior parte desse montante, em torno de R$ 34,8 milhões, o que equivale a 73,11% do total, envolveu pagamento de pessoal – R$ 23,3 milhões, locação de equipamentos – R$ 7 milhões e aquisição de remédios – R$ 4,5 milhões. O restante do dinheiro foi utilizado em aquisição de equipamentos, incentivo às UPAs, compra de EPIs (equipamento de proteção individual), adequação de estrutura física de unidades básicas de saúde, aquisição de testes e insumos, aluguel de imóveis, dentre outras.
“Como é uma quantia grande de recursos repassada ao município de Maceió, o Ministério Público, como fiscal da lei, precisa ter esse controle e analisar se a sua aplicação ocorreu de forma correta. Temos essa obrigação legal do controle e fiscalização com a finalidade do zelo pelo dinheiro público. Requisitamos as informações e vamos esperar que a Secretaria de Saúde nos forneça os dados para posterior avaliação”, informou Marcus Rômulo Maia de Mello.
Hospitais privados
A 16ª Promotoria de Justiça da capital também quer entender melhor os repasses feitos aos hospitais filantrópicos Veredas, Santa Casa de Maceió e Sanatório. Eles receberam, respectivamente, R$ 31,9 milhões, R$ 11,3 milhões e R$ 5,2 milhões. “O hospital Veredas recebeu um montante muito superior as demais entidades, portanto, faz-se necessária uma atenção especial a essa despesa”, disse o promotor de Justiça. Para tanto, ele solicitou atuação conjunta com a Promotoria de Justiça de Fundações.
Últimas notícias
Prêmio da Mega da Virada chega a R$ 1 bilhão
Jovem de Feira Grande morre no Espírito Santo após ser esfaqueado
Homem é morto no Centro de Murici; suspeito é preso horas depois
Carro pega fogo após cair de ribanceira na AL-220, no trevo de acesso a Olivença
Motorista embriagado foge após bater em carro estacionado na Cidade Universitária
Educar é Massa encerra edição com apresentações culturais e socialização de projetos
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
