Juíza Emanuela Porangaba discute preconceitos e mitos que envolvem a adoção
Palestra virtual acontece nesta terça (20) e integra curso preparatório para postulantes à adoção no interior

A adoção ainda é cercada por muitos preconceitos e mitos. Há quem afirme que crianças e adolescentes adotados trarão problemas no futuro ou que sempre carregarão traços negativos dos pais biológicos. Para esclarecer o assunto, a juíza Emanuela Porangaba profere palestra virtual nesta terça (20), a partir das 18h, para cerca de 40 pretendentes à adoção, cadastrados em comarcas do interior de Alagoas.
"A ideia de que a criança sempre tem problema ou vai apresentar problema lá na frente é um grande mito. A gente sabe que o meio social e o relacionamento de afeto que ela terá com a família adotante serão fundamentais para o estabelecimento de vínculos e para trabalhar as experiências negativas que eventualmente ela possa ter tido", explicou a magistrada.
Outro mito, segundo a titular da Comarca de Murici, é o de que crianças e adolescentes adotados vão querer voltar para os pais biológicos, depois de adultos. "O direito a conhecer sua verdade biológica existe no ordenamento jurídico brasileiro. Isso é assegurado à criança e ao adolescente, mas nem sempre eles vão procurar ou querer voltar aos pais biológicos".
Para Emanuela Porangaba, o preconceito à adoção ocorre porque há uma supervalorização do fator biológico. "Acredita-se que o filho biológico não terá problema e dará mais afeto aos pais, quando muitas vezes a gente vê o contrário", disse a juíza, ressaltando que é comum também o preconceito contra a adoção tardia.
Na palestra, a magistrada vai falar ainda sobre a importância do estágio de convivência para a construção dos vínculos familiares. Segundo Emanuela Porangaba, essa é uma etapa prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
"É um momento importante em que se faz um teste de afetividade. É um período de adaptação necessário envolvendo adotantes e adotados".
Curso para adotantes
A palestra faz parte do curso preparatório para adoção, promovido pelo Núcleo Regional Multidisciplinar da Comarca de União dos Palmares. A capacitação, que ocorre pela plataforma Zoom, teve início no dia 6 de abril e termina no próximo dia 27. O curso é uma exigência para a habilitação e inclusão do pretendente no Sistema Nacional de Adoção (SNA).
"É o momento de os participantes mostrarem as aflições, as ansiedades, todas essas coisas que a gente sabe que estão presentes e que existem no processo de adoção", explicou a juíza.
A coordenadora da Casa Lar de Murici, Cecília Jordão, também vai proferir palestra. Ela discutirá o direito ao reconhecimento das origens. "É importante para as crianças e adolescentes saberem de onde vieram. Não conversar sobre isso traz consequências para a questão do desenvolvimento", reforçou.
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