Entenda a importância de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19
O farmacêutico ressalta que com duas semanas, já é possível detectar a proteção

Um levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de Maceió, no início do mês de abril, mostrou que mais de cinco mil pessoas deixaram de tomar a segunda dose na capital. O farmacêutico e membro do Grupo de Trabalho de Saúde Pública do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, Fábio Pacheco, explica que uma única dose pode não gerar a maturidade e memória imunológica para que o indivíduo fique protegido da Covid-19.
“A vacina de Oxford foi testada para ter uma dose, mas durante os experimentos, comprovou-se que precisava das duas doses. É de extrema importância que seja seguido o que foi previsto experimentalmente, porque não temos dados de que uma dose é suficiente”, alertou.
De acordo com ele, o atraso de um ou dois dias não prejudica a imunização em si, mas pode atrapalhar a logística da unidade de saúde em que a pessoa recebeu a vacina. A orientação é que a pessoa procure o local onde foi vacinado dentro do prazo, que pode variar entre vinte dias a três meses, a depender da vacina que foi aplicada.
“O período máximo para a aplicação da segunda dose da vacina do Butantan (Corona Vac) é de até 28 dias. Para a vacina de Oxford/AstraZeneca, esse intervalo pode ser de até três meses, mas tem que receber a segunda dose”, pontuou.
E por que são necessárias duas doses? Um imunizante geralmente demora de duas a três semanas para fazer efeito. As duas vacinas (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) disponíveis no Brasil precisam de duas doses para atingir a eficácia total. “Para que o indivíduo fique protegido da doença, o sistema imunológico precisa criar a imunidade protetora, composta por anticorpos neutralizantes, que impedem a entrada do vírus na célula”, disse.
O farmacêutico ressalta que com duas semanas, já é possível detectar a proteção, mas a maior quantidade de anticorpos é registrada um mês após o término da vacinação, com variações individuais, afinal, as formulações se distinguem: a de Oxford/AstraZeneca é feita com vetor viral e CoronaVac é feita com vírus inativado.
Outro ponto importante, lembrado por Fábio, é que o Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê o uso de diferentes imunizantes, mas não a utilização da chamada intercambialidade de doses, que é receber a primeira injeção de um imunizante e a segunda, de outro.
“Mesmo que estejam vacinados, o uso de máscara, álcool gel, lavagem das mãos e distanciamento social devem continuar porque não sabemos se as vacinas vão conseguir impedir a transmissão e tirar o novo coronavírus de circulação ou se apenas impedirão que as pessoas vacinadas tenham a forma mais leve da COVID-19. Nenhuma vacina do mundo garante proteção imune total”, falou.
O que são as vacinas?
A vacina é uma preparação biológica que, ao ser aplicada, estimula o organismo a produzir anticorpos e/ou células de defesa que protegem a pessoa vacinada contra doenças infecciosas, em geral causadas por vírus ou por bactérias. Atualmente, existem numerosas vacinas que são adotadas pelos países para a prevenção de uma série de doenças. Essas doenças são chamadas imunopreveníveis, ou seja, que podem ser evitadas por um processo de resposta imune induzido pela vacinação.
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