Grupo de assistência a crianças com microcefalia completa cinco anos
Profissionais também atuam em síndromes congênitas

O grupo Ciranda do Cuidado está há cinco anos prestando assistência à crianças acometidas por microcefalia em decorrência do Zika Vírus e outras doenças. Amor, dedicação, desprendimento e compromisso são alguns dos elementos envolvidos neste trabalho tão importante, tocado pela Secretaria Municipal de Saúde, desde 2016.
O ano era 2015 e surgiam em Maceió os primeiros casos de microcefalia associados à infecção pelo Zika vírus e outras doenças. Era uma nova condição que pegou a todos de surpresa, e os serviços de saúde precisavam se preparar para receber os casos e acompanhá-los. Atentos à questão, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde deram início às primeiras articulações com setores da pasta para a criação de um grupo que prestasse assistência adequada aos usuários e suas famílias. Porém, oficialmente, apenas no ano seguinte surge a Ciranda do Cuidado.
Uma das mães atendidas pelo grupo é Débora de Oliveira, que, aos sete meses de gravidez, descobriu que a filha Lorena nasceria com microcefalia. Exames apontavam que a causa provável era toxoplasmose (doença causado por um parasita presente em alimentos contaminados) durante a gestação.
“Quando ela nasceu, o pessoal da secretaria recolheu o diagnóstico e a equipe passou a ir à minha casa fazer visitas mensais, ver como estavam desenvolvimento, alimentação e todo o acompanhamento de que ela precisava naquele momento”, relata.
Lorena é um dos 181 casos notificados, acompanhados e monitorados pela equipe da secretaria que apresentam síndromes congênitas causadas por infecção do Zika Vírus, sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus (Storch). Essas famílias recebem a assistência dos profissionais da Coordenação de Atenção Primária, Saúde da Criança, Gerência de Atenção à Pessoa com Deficiência e Vigilância Epidemiológica.
Rosário Vasconcelos, enfermeira da secretaria e referência do grupo Ciranda Cuidado explica que “um dos nossos maiores objetivos era criar um vínculo e estabelecer relação de confiança entre essas famílias e a ‘Equipe Dedicada’ da SMS, nomenclatura criada pelo Ministério da Saúde para a nossa equipe profissional”.
Atendimento
O fluxo de atendimento às crianças com microcefalia se inicia com a notificação da doença pelos serviços de saúde. Em seguida, é realizado o acolhimento e a escuta qualificada das famílias pela Equipe Dedicada da Secretaria Municipal de Saúde. Seguindo o protocolo estadual para esses casos, a criança é encaminhada para uma consulta inicial, com pediatra, e direcionada para as Unidades de Saúde e Centros Especializados em Reabilitação (CERs), onde são acompanhadas. A pandemia de Covid-19 não alterou este trâmite.
Nesses locais, as crianças recebem tratamento de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, além de outros serviços, conforme a necessidade de cada caso e dentro da linha de cuidados da síndrome congênita que elas apresentam. O Ciranda do Cuidado também garante os atendimentos médicos, exames e medicações.
Avaliação do trabalho
Além de oferecer o tratamento médico adequado, o Ciranda do Cuidado tem o papel fundamental de fazer interlocução com as famílias, por entender que elas são importantes para a eficácia do desenvolvimento da criança e para a manutenção e continuidade ao tratamento.
Ao longo desses cinco anos, o grupo prestou, além da assistência à saúde e apoio psicossocial a famílias e crianças, momentos de integração, rodas de conversa, orientações, palestras, trocas de experiências, apresentações culturais, oficinas e lazer.
“Durante todo esse tempo buscamos gerar um rico vínculo familiar, proporcionando qualidade de vida para as crianças, empoderando mães e responsáveis para o cuidado, transmitindo confiança e segurança para eles”, destaca Rosário Vasconcelos, enfermeira da secretaria.
A equipe
A equipe do Ciranda do Cuidado é formada por Maely Nunes (Técnica de Saúde da Criança), Rosário Vasconcelos (Referência Técnica da Síndrome Congênita do Zika Vírus/Storch), Izabelle Acioly e Cássia Soares (Técnicas de Gerência de Atenção à Pessoa com Deficiência), Yana Melo, Elisângela Rodrigues e Cristiane Lopes (Técnicas da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis (GVDATNT).
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