Violência

Pandemia reflete em número feminícidios e trabalho de proteção à mulher em AL

Alagoas é primeiro do Nordeste e o 5º a nível nacionoal, segundo pesquisa

Por Tais Albino 08/06/2021 15h03 - Atualizado em 08/06/2021 15h03
Pandemia reflete em número feminícidios e trabalho de proteção à mulher em AL
Violência contra mulher - Foto: Pixabay

A pandemia de Covid-19 e, principalmente, o isolamento social já são fatores conhecidos para o aumento de casos de violência doméstica contra mulher e feminicídios. Agora, um levantamento Folha de S. Paulo, junto às secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal, mostrou os números.

Os dados apontam que 1.338 feminicídios foram registrados no Brasil em 2020. Com 35 casos de mulheres mortas por sua própria condição, Alagoas é o primeiro do Nordeste com mais feminicídios por 100 mil habitantes e o 5º a nível nacional.

Outro estudo, dessa vez, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que uma em cada quatro mulheres sofreu algum tipo de violência (física, psicológica ou sexual) no último ano no país. Entre as agressões físicas, foram oito casos a cada minuto no Brasil.

O isolamento social também reflete no trabalho de quem tenta proteger mulheres vítimas de violência sexual. Por exemplo, na Patrulha Maria da Penha em Alagoas, que tem como objetivo garantir a efetividade de medidas protetivas judiciais às mulheres vítimas de violência doméstica.

Em entrevista ao portal 7Segundos, a comandante do programa, major Danielli, explicou que este crescimento de casos ocorreu no mundo inteiro e que em Alagoas não foi diferente.

"Nós tentamos fazer todo acompanhamento. Criamos um WhatsApp próprio para que essas mulheres não precisam ligar, para que pudessem teclar ainda que estivesses próximas do agressor".

Em casos de violência, é preciso procurar a Delegacia da Mulher. A Patrulha Maria da Penha é focada em acompanhar mulheres que já passaram pelo juizado e, segundo a major Danielli, mais vítimas passaram a ser assistidas durante a pandemia.

"Esse agressor já era um agressor. A gente não pode mascarar e dizer que pandemia fez dele agressor. Ele já era que se potencializou durante a pandemia", explicou.