Sete em cada dez brasileiros já sofreram alguma ameaça digital, aponta pesquisa
O CPF é considerado como a informação mais sensível pelos brasileiros
Os brasileiros têm se mostrado preocupados com suas informações pessoais na internet, principalmente em uma era baseada nas mídias digitais e no compartilhamento de dados.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Mastercard, apontou que sete em cada dez pessoas (73%) já sofreram algum tipo de ameaça digital -como o recebimento de mensagens falsas de empresas e senhas roubadas.
O levantamento ainda aponta que apesar de saberem que as empresas com as quais interagem guardam algum tipo de informação, 92% ainda temem pela segurança de seus dados. Em uma escala de 1 a 10 em que 1 é nenhum medo e 10 muito medo, os brasileiros atribuíram nota média 7,9 ao temor de serem vítimas de um ataque cibernético.
O CPF é considerado como a informação mais sensível pelos brasileiros. O medo de ter esse dado vazado atinge 94%.
Para Estanislau Bassols, gerente geral da Mastercard Brasil, a sensação de insegurança revelada pela pesquisa não é em vão. Segundo o executivo, o aumento da exposição dos brasileiros aos meios virtuais em virtude da pandemia de coronavírus trouxe consigo um ambiente mais propício a novos tipos de crime.
"Ao longo do último ano, cresceram os golpes, fraudes e ataques cibernéticos contra pessoas e empresas. Com novos esquemas de fraudes sendo criados todos os dias, é essencial que organizações atuem de forma a mitigar riscos e ampliar a segurança de seus clientes. Cabe às empresas a responsabilidade pela segurança dos dados dos seus clientes", afirmou Bassols.
Dentre os entrevistados, 13% declaram que já tiveram seus dados vazados por alguma empresa da qual é cliente. Ainda segundo o estudo, 70% dos entrevistados já ouviram falar de ataque cibernético, mas apenas 13% deste total estão bem-informados sobre o assunto. A taxa de conhecimento é mais alta entre homens (78%) do que entre mulheres (62%).
As redes sociais foram consideradas como os ambientes menos confiáveis, enquanto hospitais, clínicas de exames médicos, escolas e faculdades são as instituições em que os entrevistados mais confiam.
Segundo o levantamento, a proteção de informações pessoas por parte de clínicas e hospitais é vista como muito confiável por 26%, mais ou menos confiável por 44% e pouco confiável por 20%.
Em relação às redes sociais, um terço dos brasileiros (33%) acredita que esses meios são nada confiáveis na proteção desses dados. Outros 31% acham as redes sociais pouco confiáveis.
Para Bassols, apesar da falta de confiança dos consumidores, a tendência é que a adoção de novas tecnologias continue em uma crescente .
"A transformação digital tornou-se um imperativo e isso acelerou as exigências da sociedade. Depois da pandemia, esses hábitos não devem mudar. Conforme olhamos para o futuro, precisamos continuar a habilitar todas as opções, tanto na loja física quanto online, para fazer com que a economia digital funcione para todos", disse.
Ainda segundo o levantamento, 96% dos brasileiros com acesso à internet afirmam que adotam medidas adicionais de segurança, como evitar clicar em links suspeitos (83%), evitar o uso de redes públicas de wi-fi (75%), usar senhas fortes (72%), usar antivírus (67%) e possuir senhas diferentes para conta ou aplicativo (64%).
De acordo com o gerente geral da Mastercard Brasil, apesar de o medo de ataques cibernéticos por parte da população ter o potencial de impactar o desenvolvimento desses mercados, a maioria das pessoas não abrirá mão de um mundo cada vez mais conectado.
Segundo o levantamento, 66% disseram concordar que é mais seguro pagar contas pela internet do que ir até uma agência bancária com dinheiro.
Além disso, Bassols também afirma que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) também acaba sendo positiva neste cenário.
"Vemos a LGPD como uma oportunidade de abrir caminho para inovações futuras. A gestão transparente dos dados é um ponto muito importante para a Mastercard. E quando falamos em transparência e controle, estamos dizendo que as empresas devem dar às pessoas, de forma clara e muito simples, a informação de como coletam e usam seus dados", afirmou.
"Com cada vez mais empresas em conformidade com a lei e atuando de forma transparente, os consumidores se sentirão mais seguros. E à medida que a conscientização do consumidor sobre isso aumenta, também cresce a percepção de segurança e de que esse compartilhamento de dados seja benéfico para os dois lados", completou Bassols.
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