Ministro da Justiça depõe ao TSE e admite que não há prova de fraudes nas eleições
Corregedor-geral eleitoral, Luis Felipe Salomão ouviu Anderson Torres e coronel que participou de 'live' com Bolsonaro
O ministro da Justiça, Anderson Torres, prestou depoimento nesta quinta-feira (12) ao corregedor-geral eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, dentro do inquérito administrativo aberto pelo Tribunal Superior Eleitoral para investigar o presidente Jair Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral.
A TV Globo apurou que o ministro da Justiça e o coronel da reserva Eduardo Gomes, que também foi ouvido pelo corregedor, admitiram que não há provas de fraudes nas eleições.
Torres e Gomes participaram de uma transmissão ao vivo, no último dia 29, na qual o presidente Jair Bolsonaro fracassou em apresentar qualquer prova de fraude nas eleições, ou de risco de fraude na urna eletrônica em 2022.
Os depoimentos dos dois "convidados" do presidente na transmissão foram as primeiras providências tomadas no âmbito do inquérito administrativo, aberto por decisão unânime dos ministros da Corte Eleitoral
Salomão determinou ainda que será inserido no inquérito o pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para apurar se a participação do ministro da Justiça na "live" do presidente pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada.
O TSE também recebeu um relatório da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) sobre possível uso da empresa pública para promoção de integrantes do governo federal. A TV pública exibiu ao vivo a transmissão de Bolsonaro, que durou duas horas.